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Franquia é uma palavra corriqueira no cotidiano dos brasileiros. Isso porque franchising é um modelo de negócios que está em expansão há mais de uma década e está presente em cerca de 45% das cidades do país, nos mais diversos segmentos.

As franquias mais conhecidas são as do ramo de alimentação e de perfumaria, mas também há negócios nos ramos de saúde e bem-estar, casa e construção, serviços automotivos, entre outros.

E você, já pensou em abrir uma franquia? Ou tem uma empresa e gostaria de saber como se tornar um franqueador? Então, veja, a seguir, o que você precisa saber sobre franchising!

O que é o franchising?

Franchising é um modelo de negócios em que uma marca (franqueador) concede direito de uso de seu nome e produtos para um investidor (franqueado). O franqueado será responsável pela franquia em determinado ponto – pode ser apenas dentro de um shopping, por exemplo – , de um bairro, região, cidade ou estado, tendo, obrigatoriamente, que seguir o mesmo conceito e a imagem da marca, respeitando seu padrão de qualidade.

Grandes marcas brasileiras, e no mundo todo, utilizam esse sistema para facilitar a expansão de determinado serviço ou produto. Em geral, o investidor já conhece o mercado da região em que pretende instalar a franquia, assim como a cultura local, os melhores pontos, entre outros fatores que podem ser decisivos para o sucesso da empreitada.

Imagine, por exemplo, uma empresa que tem sua sede/fábrica em Curitiba, mas estuda iniciar a expansão dos negócios por todo o país. Existem várias possibilidades para fazer isso — ela pode ter uma equipe própria nos demais locais, licenciar a marca ou montar um sistema de franquias.

Só para esclarecer a diferença entre os termos citados, o licenciamento de marca permite que o licenciador utilize a marca dele em seu negócio, e isso pode acontecer, por exemplo, para produtos de entretenimento, para programas de televisão (como o Big Brother Brasil), para um grupo de super heróis (como os da Marvel) e para produtos e serviços.

O que diferencia o conceito de licenciamento do conceito de franquia é a transferência de know-how, prioritariamente, seguida do suporte oferecido pela franqueadora, além de uma lei específica para o sistema de franchising, a de número 8.955/94, além de outras particularidades que tornam o sistema de franquias ímpar.

O modelo de franquia impõe a transferência de know-how, de métodos administrativos e de padrões de operação absolutos aos franqueados. A aproximação acontece desde a implantação de lojas de um determinado produto, passando pela aplicação de todo o conceito acerca dele, incluindo o suporte de atendimento e chegando ao desenvolvimento do negócio.

O sistema de franchising é muito comum em varejo e prestação de serviços, mas também é usada pela indústria, para organizar sistemas e padrões, sem necessariamente ser oferecida a terceiros. Para não esquecer:

  • franchising: concede direitos de uso de marca, com transferência de know-how. A franqueadora costuma prestar suporte total, repassando métodos administrativos e padrões de operação. Geralmente, abrange empresas de produtos e serviços;
  • licenciamento: concede direitos de uso de marca e patente. A obrigação da matriz de oferecer suporte é inexistente.
  • Investir e criar uma rede de franquias é uma boa opção?

Ainda usando o exemplo da marca cuja sede — ou fábrica — está em Curitiba, mas que pretende expandir o negócio para o resto do país, os gestores podem decidir por montar equipes próprias em todas as regiões ou criar um sistema de franquia, há pontos positivos e negativos em ambas as possibilidades, como em qualquer tipo de negociação.

Uma das vantagens de criar uma rede de franchising é a diminuição dos custos com passagem e aprofundamento sobre o mercado local, além de deslocamento e contratação de recursos humanos, já que haverá um investidor responsável por essas coisas, que terá que seguir toda a manualização da marca!

Outro ponto diz respeito ao tempo de abertura do negócio. Levando em conta a abertura de lojas provenientes de seus próprios recursos, a marca poderia demorar um tempo para levantar capital, e, ainda por cima, demorar muito na operacionalização do negócio em outra cidade/região.

Está claro que, para o franqueador, ou seja, a empresa que concederá o direito de uso da marca, o sistema de franchising se apresenta como uma ótima opção de expansão e gestão. Mas e para o franqueado, quais as vantagens?

Quem pretende abrir um negócio também pode desfrutar de muitos pontos positivos ao adquirir uma franquia. Afinal, é muito mais fácil entrar no mercado da sua região com uma marca conhecida, sobre a qual o público já ouviu falar, do que criar uma nova do zero.

Além disso, a franquia funciona como uma espécie de clone das lojas da marca, logo, os franqueadores costumam enviar um material com regras de uso e dicas que podem auxiliar bastante quem é iniciante no mundo dos negócios, especialmente na área de serviços.

No geral, os franqueados recebem até o projeto arquitetônico para a instalação das lojas e as indicações para a contratação de pessoal. O importante é que a qualidade do produto, do atendimento e da loja seja a mesma, independentemente do lugar em que a franquia está instalada.

Outro fator relevante para quem deseja se tornar franqueado é o baixo índice de mortalidade desse tipo de negócio, o que acontece justamente porque o investidor conta com o apoio da matriz e de um modelo de gestão bem maduro, que já foi testado em outras ocasiões.

Qual o panorama atual do sistema de franchising?

Economicamente, como está o panorama do mercado de franquias? É bom negócio ou não é? De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor está em crescimento constante. O último dado, do segundo trimestre de 2019, mostra um crescimento no faturamento das franquias em 5.9% em relação ao semestre anterior, com aumento também no número de empregos, em 10%, e de unidades abertas no país. Esses são números muito importantes, ainda mais se levadas em conta as condições de retração econômica do Brasil.

Os segmentos variam bastante. Há marcas de alimentação, casa e construção, comunicação, informática e eletrônicos, entretenimento e lazer, hotelaria e turismo, limpeza e conservação, moda, serviços educacionais, entre outros.

Outros números relevantes dizem respeito ao crescimento da quantidade de franquias fora do eixo Rio-São Paulo. As regiões Nordeste e Sul tiveram um aumento de faturamento e também de unidades abertas. Hoje, 45% dos municípios brasileiros têm algum tipo de franquia.

Além disso, dados de 2017 mostram que havia 142 redes brasileiras atuando no exterior, 18 exportando produtos para o mercado estrangeiro e 129 com operações fora do país. Tal internacionalização é puxada, principalmente, pelo setor de moda.

Se pensarmos no caminho inverso, eram 200 redes de franquias de 26 países atuando no Brasil nesse mesmo ano, gerando emprego e renda. Nesse caso, a maior parte delas está ligada ao segmento da alimentação, mais especialmente ao dos fast food americanos.

Como deve ser uma boa gestão por parte do franqueador?

Franquear o negócio pode ser uma boa oportunidade, mas demanda, por outro lado, uma série de estudos, planejamento e estruturação interna. A boa gestão começa pela organização interna do franqueador e pelo cuidado com o bom relacionamento com os franqueados.

Plano de negócios

O primeiro passo é fazer um plano de negócios levando em conta que essas regras precisam funcionar em regiões, culturas e mercados muito diferentes entre si. A capacidade de replicar o modelo criado é imprescindível para dar seguimento ao processo de franqueamento.

As regras precisam estar bem claras e ser discutidas minuciosamente com os franqueados. Devem, ainda, estar dispostas cláusulas com responsabilidades de ambos os lados, com o tempo de contrato, o repasse de unidades de franquia, o repasse de royalties, a política de crédito, a sucessão nas redes de franquia, entre outras.

O modelo precisa ser viável para ambos os lados envolvidos, tornando o negócio rentável ao mesmo tempo em que mantém o conceito e a imagem da matriz. É um baita desafio, não é mesmo? Ainda mais se pensarmos na possibilidade de internacionalização da franquia, com suas barreiras jurídicas e de idioma.

Perfil do franqueado

Aprovar o franqueado errado pode trazer danos irreparáveis à rede e prejuízos financeiros e profissionais a ambos os lados do negócio. Há diversas características comuns aos franqueados de todas as redes, que podem ser explicitadas em atitudes como:

  • disposição para sacrifícios: errar, falhar, fazer autocríticas e recomeçar são ações importantes para seguir com
  • um negócio novo;
  • capacidade de seguir normas e padrões: afinal, para manter o conceito e a imagem da marca, é necessário atender às regras da matriz;
  • capacidade de enxergar oportunidades: o empresário está sempre curioso, querendo encontrar soluções e sugerindo modificações para a matriz;
  • habilidade de trabalhar em equipe: manter o padrão de atendimento da matriz pode ser um desafio, por isso, um líder que sabe trabalhar em equipe e analisa, frequentemente, os resultados do seu time pode fazer toda a diferença;
  • capacidade de liderar pelo exemplo: esse tipo de pessoa está sempre próxima à equipe e presente na loja, aprendendo junto, tirando dúvidas e tomando partido de tudo.

Bom relacionamento

Por falar em possíveis conflitos, a empresa franqueadora tem que ter capacidade de liderança não só para direcionar a equipe interna, da matriz, mas também para gerenciar todos os franqueados, com suas demandas individuais e coletivas.

É necessário ter atenção à própria rede, compreendendo os conflitos e as dificuldades de quem está lá na ponta. Isso pode ser um desafio, levando em conta que as questões podem estar relacionadas a individualidades de cada região, retardando a compreensão e a busca de soluções por parte da marca.

A liderança deve focar uma gestão de relacionamento próxima ao cliente direto, o franqueado, para direcionar os objetivos e as metas de cada unidade e desenvolver a marca como um todo. Dessa forma, a confiança do investidor aumenta, e as chances de sucesso, também.

Estrutura para suporte

Uma franquia, como já dissemos, demanda uma atenção especial da matriz, por isso, uma boa estrutura de suporte faz toda a diferença. Seja para o início da operacionalização, em que a equipe do investidor precisa ser treinada, seja para tirar as dúvidas que surgem ao longo dos anos.

É importante que o suporte tenha uma tecnologia condizente com as necessidades dos franqueados, um material disponível detalhado e dicas sobre como se portar diante de algumas dificuldades corriqueiras.

Ter canais variados de comunicação também é importante para criar um contato real com os parceiros e mostrar disponibilidade com quem está na outra ponta. Ou seja, o franqueador precisa ser acessível.

Quais são os principais documentos que regem o sistema de franquias?

A expansão do modelo de franquias desde a década de 90 levou a magistratura brasileira a criar uma legislação específica a respeito, regida pela Lei nº 8.955/94. Ela prevê como responsabilidade da matriz a apresentação da Circular de Oferta de Franquia (COF), um dos documentos mais importantes do sistema de franchising.

Ele deve descrever o negócio de forma clara e objetiva, contendo todas as condições legais, com obrigações jurídicas, deveres e responsabilidades de ambas as partes. Precisa ser o mais completo possível, ainda que possa sofrer alterações e acréscimos ao longo do tempo.

É importante ressaltar, no documento, a previsão do investimento que o franqueado deverá fazer ao longo do negócio e ser o mais transparente possível, afinal, a ideia de parceria pressupõe transparência e identificação de propósitos. Veja pontos importantes do contrato:

  • cláusula de confidencialidade;
  • delimitação do território de atuação;
  • investimento inicial;
  • balanços financeiros;
  • informações sobre suporte;
  • indicação de layout;
  • valores e taxas;
  • não concorrência.

São muitos detalhes, não é mesmo? Mas não se preocupe, pois há empresas especializadas em confeccionar e revisar esse tipo de contrato e todo tipo de burocracia, como é o caso da Novoa Prado Advogados, uma banca especializada em varejo e franchising.

Com o intuito de tornar a relação franqueador/franqueado ainda mais clara e ajustar algumas arestas, está tramitando, no Senado, o Projeto de Lei para a nova Lei de Franquias, o PL nº 4386/12.

Ela reafirma a condição de acordo comercial e não de vínculo empregatício entre as partes, e é bastante clara quanto à obrigatoriedade de entrega da COF com dez dias de antecedência para a assinatura do contrato.

Gostou do conteúdo sobre o sistema de franchising? Entre em contato com a Novoa Prado pelo e-mail consultoria@novoaprado.com.br, ou pelo telefone (11) 3926-1777, para tirar suas dúvidas e começar o seu negócio!

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Pensar na sucessão planejada do franqueado é imprescindível para que as franqueadoras tenham a certeza de que a unidade franqueada continuará operando plenamente, mesmo sem a presença de seu principal gestor. Até as redes mais jovens precisam ter um plano sucessório, afinal, os franqueados desejam aposentar-se, podem querer mudar de vida ou, infelizmente, falecem.

Pensando em cada uma das possibilidades que levam à sucessão, as redes mais antigas – algumas datam do fim dos anos 80 – realmente passam pelo momento em que seus franqueados querem curtir a aposentadoria. Nem sempre há herdeiros operadores para o negócio e, neste caso, o que há de ser feito?

A venda da unidade franqueada ou a gestão por gerentes deve ser considerada – mas, como as questões emocionais envolvidas são muitas, o planejamento sucessório estruturado deve ser realizado com todo o cuidado, preferencialmente focado tanto nas questões legais da transferência quanto na preservação do relacionamento entre o franqueador e esse franqueado, que tanto fez pela marca.

Quando existem herdeiros naturais preparados para assumir a franquia, eles devem passar pelo processo de treinamento e um contrato de franquia deve ser estabelecido, de maneira a se construir um relacionamento com este novo franqueado.

No caso de haver a sucessão por falecimento do franqueado, a situação pode ser mais complicada, porque a morte não avisa quando chega e a substituição precisa ser feita às pressas. Neste caso, o franqueador pode enviar uma equipe sua para comandar a unidade franqueada, até que se decida sobre quem sucederá o franqueado antigo ou se a unidade será repassada. É um momento em que a família não pode ser pressionada e é necessário haver muita empatia por parte da equipe franqueadora, já que o faturamento da unidade tenderá a cair, a equipe poderá render menos e a própria família poderá desanimar do negócio.

Em relação à mudança de vida, alguns franqueados desejam continuar com a franquia, mas, querem deixar de ser operadores. Assim, pode ser instituída a figura de um sócio-operador ou um sucessor, um herdeiro que comande a unidade. Nesse caso, o novo profissional deve ter seu perfil avaliado e aprovado pela franqueadora, dentro dos critérios exigidos a qualquer novo franqueado. Se ele não for aprovado – ainda que seja o filho, sobrinho, esposo (a) do franqueado (a) – , é preciso que se encontre outro sucessor, pelo bem do sucesso do negócio. Aceitar a única opção para agradar o franqueado é a pior atitude que a franqueadora pode ter, já que

Nenhuma dessas questões é simples de ser solucionada. Há casos em que os franqueados mais idosos, por exemplo, têm dificuldade de se desligar da franquia, não transferindo ao sucessor a liderança. Isso causa sérios problemas de gestão, já que os próprios colaboradores não sabem a quem seguir e situações desconfortáveis podem surgir.

Há, ainda, o fato de que, mesmo sem sucessores ou sem condições de continuar operando, alguns franqueados não aceitam a venda da unidade franqueada – e o franqueador não tem coragem de romper o contrato com esse parceiro de tantos anos, ainda que isso signifique o insucesso do negócio. O processo é delicado e pode envolver equipes especializadas, que encontram a melhor solução, que contenta a todos. O importante é não deixar o assunto engavetado, porque a sucessão é uma realidade das franqueadoras, principalmente as de sucesso.

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O Departamento de Expansão de sua rede conhece profundamente a Lei 8.955/94, que rege o sistema de franquias no Brasil? Sabe detalhadamente o que consta em sua Circular de Oferta de Franquia e em seu Contrato de Franquia? Entende os riscos jurídicos que envolvem a concessão da marca? Sabe o que prometer e como fazer para que o potencial franqueado entenda quais são os seus direitos, deveres e os limites daquela negociação?

Muitos dos conflitos que se apresentam nas redes provêm da insuficiência de conhecimento das equipes de expansão das franqueadoras.

Infelizmente, ainda há redes que operam com discursos que não combinam com as cláusulas contratuais – o que gera um tremendo desconforto nas relações, já que a franquia é também fundamentada em expectativas, percepções, anseios, desejos – e nada disso estará por escrito. E o contrato real é o que é firmado exatamente durante o processo de seleção.

Por isso, é tão importante e imprescindível que as equipes de expansão estejam preparadas para conceder a franquia e detalhar as informações do negócio franqueado, dentro da realidade da franqueadora e conforme as boas práticas do mercado e legislação em vigor.

Dicas de boas práticas para a equipe de expansão

Entregar a documentação jurídica ao franqueado no prazo correto, para que ele tenha tempo de analisá-la e poder levá-la à apreciação de um advogado de sua confiança, bem como assinar o contrato de franquia antes da inauguração da unidade também são etapas fundamentais que garantem ao franqueado a oportunidade de saber quais são suas obrigações e seus direitos antes de decidir pela aquisição da franquia.

A renovação do contrato de franquia, suas condições e termos é outro ponto de suma importância e que deve ter total atenção da franqueadora, devendo ser realizada no prazo adequado, conforme as normas vigentes para o sistema.

Uma franqueadora que possui uma relação de franquia sem regras pré-estabelecidas e devidamente informadas aos franqueados não alcança o nível de relacionamento transparente e saudável que é necessário para o sucesso de todos. Ao contrário: agindo dessa forma, a franqueadora fragiliza as futuras negociações. Não se trata de precaver-se para brigar, mas, sim, de possuir um instrumento balizador – no caso, o contrato – que propicie uma negociação mais colaborativa no caso de um conflito.

É fundamental, portanto, que o Departamento de Expansão esteja treinado e aculturado em relação à formatação jurídica da franqueadora, de maneira a captar franqueados que possuam compromissos a longo prazo e o equilíbrio emocional necessário para manter com o Franqueador uma relação saudável, sustentável e, por que não?, mais rentável.

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Cinco ações devem estar no radar de franqueadores e franqueados que desejam ampliar seus negócios no :

Dicas de ações para o Franqueador:

1) Selecionar melhor os franqueados

O processo de seleção é o ponto principal de qualquer franquia. Na ânsia de ganhar território, muitos franqueadores deixam de avaliar pontos importantes do perfil dos franqueados, o que causa problemas em curto, médio e longo prazos.

A ideia é que a franquia seja um negócio que se multiplique, possibilitando que o franqueado tenha mais de uma unidade franqueada, então, quanto melhor ele for selecionado, mais chances de isso acontecer. Porém, quando o franqueador negligencia o processo de seleção, de olho na taxa de franquia ou por ‘precisar’ colocar uma unidade em determinada praça, o relacionamento começa errado – e não tem futuro certo. Mais do que nunca, utilizar de ferramentas comportamentais e análises profissionais se faz necessário.

2) Administrar os conflitos, preservando o relacionamento

O relacionamento entre franqueador e sua rede franqueada tem de ser alimentado diariamente. A consultoria jurídica preventiva ensina que deve haver transparência na divulgação de números, planejamentos, metas e objetivos. Não adianta o franqueador ter uma intenção e a rede, outra. É preciso andarem lado a lado, para que os objetivos se concretizem.

Quando os conflitos surgem, não é possível protelar o diálogo, porque isso só faz aumentar o problema. Neste caso, a adoção de métodos não-adversariais podem ser grandes aliados, já que os métodos levam as partes a refletirem sobre a questão e, juntas, chegarem a uma solução que contemple as necessidades de ambas as partes, podendo seguir com o negócio após à solução da questão.

3) Realizar um bom planejamento tributário

As empresas obrigatoriamente precisarão repensar seus tributos. As franquias podem ter soluções para questões de ICMS, ISS e outros impostos que simplifiquem a distribuição de mercadoria pelo território nacional e aumentem a lucratividade. Porém, é necessário que se consulte especialistas na área, já que existem detalhes importantes e específicos do setor.

4) Investir em equipe capacitada

Treinamentos e contratação de profissionais da equipe de gestão interna, capazes de planejar as ações da franqueadora e de sua rede franqueada para os próximos anos, são um investimento que garante a saúde da empresa. Mesclar a experiência de quem já trabalhou com franquias com o frescor de profissionais com novas ideias, munidos de experiências distintas em outros mercados e segmentos, é importante para que se chegue no próximo item, o suporte ao franqueado.

5) Investir em suporte ao franqueado

O franqueador precisa sempre estar atento ao suporte prestado ao franqueado. É pelo suporte que a padronização da rede é mantida, os controles são aprimorados, a relação é mais próxima. Isso porque apenas com capacitação e conhecimento da vida do franqueado em seu cotidiano, é possível oferecer o suporte que aquele franqueado necessita para evoluir como empresário e obter o sucesso que deseja. Não há um bom relacionamento na rede sem um suporte adequado.

Dicas de ações para os Franqueados:

1) Dar atenção à comunicação vinda do franqueador

O franqueado precisa estar atento ao que acontece em sua rede. A partir do momento em que faz parte de uma franquia, ele não está sozinho – e deve informar-se sobre tudo o que acontece.

2) Participar de treinamentos, convenções e reuniões regionais

Quando o franqueado é ativo, ele usufrui melhor dos conhecimentos da franqueadora e da rede franqueada. A troca de experiência será fundamental em 2019, para que as marcas tenham novas ideias e se diferenciem, ainda que tenham poucas verbas para publicidade, por exemplo.

3) Dar atenção ao treinamento dos colaboradores

Quem atende melhor seus clientes os mantêm fidelizados. Se as vendas, principalmente no começo do ano, ainda não são as melhores, é importante cuidar da carteira de clientes atuais. E é apenas treinando os colaboradores constantemente que se chega a um patamar de excelência.

4) Não misturar finanças pessoais com empresariais

Algumas contas podem estar pendentes, tanto as empresariais quanto as pessoais. Por isso, é importante que um planejamento financeiro seja feito, readequando a empresa e as finanças pessoais, se necessário. E é importante que as contas pessoais não se misturem às empresariais. Quem deve aluguel, funcionários, royalties, fundo de propaganda e fornecedores, por exemplo, deve priorizar esses pagamentos, para recuperar a adimplência. E é preciso estar atento ao capital de giro: ele não compõe a receita da franquia.

5) Resolver conflitos de maneira não-adversarial

Da mesma forma que o franqueador deve investir em métodos não-adversariais para resolução de conflitos, o franqueado também deve procurar solucionar amigavelmente as questões pendentes, de maneira a manter a relação de franquia e não prejudicar a rentabilidade do seu negócio. Se os conflitos forem resolvidos por meio do diálogo e de uma forma colaborativa, as soluções aparecem muito mais rapidamente e ambas as partes possuem mais recursos para retomar os negócios.

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Franquear uma empresa pode ser uma boa opção para expandir um negócio e aumentar a distribuição de produtos. Esse modelo vem crescendo no mundo todo, inclusive no Brasil, onde marcas conhecidas seguem abrindo novas unidades e aumentando a quantidade de empregos.

Uma expansão de sucesso, no entanto, exige uma formatação de franquia cuidadosamente planejada, que preze pelo relacionamento com o parceiro e tenha regras definidas. Para iniciar o processo, é necessário fazer o levantamento atual da situação da empresa e a análise de mercado no setor, além de criar estratégias e organizar os processos.

Isso tudo em um plano de negócios articulado, em que constem a necessidade de investimento da matriz e a expectativa de retorno para todos os envolvidos. Quer saber mais sobre o tema? Então, confira mais detalhes no texto a seguir.

Como funciona uma franquia?

Franchising é um modelo de negócios em que uma empresa cede o direito de uso da sua marca para um terceiro, que deve replicar, em sua loja, não apenas o conceito da marca, mas também todo o formato de operação do franqueador. Assim, a nova loja funciona como uma espécie de clone da matriz.

Isso inclui ter a gestão, o atendimento e a divulgação idênticos ao da loja modelo, ou baseados em suas diretrizes. Para tal, o franqueador precisa oferecer suporte e treinamento para a nova equipe, além de um canal de comunicação aberto com o investidor e a indicação de um plano de marketing.

O contrato deve obedecer às diretrizes da Lei de Franquias, descrevendo direitos e deveres dos envolvidos, e pode prever outras questões importantes, como a questão territorial, prazo e renovação de contrato, abastecimento e relação com fornecedores, entre outros assuntos. Muitas empresas optam por esse caminho para expandir o seu negócio. Isso porque, quando a estruturação das regras da franquia é bem-feita, o modelo torna-se uma alternativa prática e segura.

Como iniciar o processo para formatação de franquias?

Para formatar a franquia, é necessário estruturar cada passo da relação com o franqueado e criar ferramentas eficientes para gerenciar o negócio. É preciso lapidar as regras entre a empresa matriz e o investidor para atender a demandas de ambos os lados.

O processo de preparação para a empresa começar a franquear pode ser longo, pois há detalhes técnicos e legais que precisam ser analisados cuidadosamente. Por isso, é muito importante contar com uma assessoria jurídica especializada em franchising e varejo.

Fique atento a alguns pontos importantes para iniciar a formatação da sua franquia.

Situação da empresa

Antes de colocar o sistema de franquias em prática, o franqueador precisa amadurecer bem a ideia, analisando prós e contras, para ter muita clareza sobre os desafios que terá pela frente. Franquear um negócio requer planejamento.

O primeiro passo é fazer um levantamento interno sobre sua situação atual e sobre a capacidade de expansão. Também é importante estudar o mercado em que está inserida a marca para, então, definir o modelo e os padrões a serem adotados.

Investimento e retorno financeiro

Esse é o momento de fazer planilhas para entender quanto será gasto para a implementação do modelo de franchising e quais os resultados esperados. Afinal, a franquia precisa ser rentável tanto para o operador quanto para o investidor, que receberá os direitos de uso da marca.

O franqueador precisa prever, em seu plano de expansão, um investimento em pesquisa, assessoria jurídica e montagem de todo o processo. Além disso, precisa estar ciente de que o retorno financeiro não será imediato, já que deve contabilizar o tempo de aproximação e dos trâmites legais com os parceiros, assim como o tempo de solidificação do negócio, para, só então, gerar lucro.

Plano de negócios

Uma dica é iniciar a expansão de forma regional e analisar os resultados e desafios, para, só então, acessar outros mercados. O plano de negócios pode ter etapas para curto e longo prazo, mas precisa ser realista e modificar-se a partir do retorno dos primeiros investidores. É imprescindível que ele tenha estratégias muito claras.

Definição de estratégias

Com os dados do plano de negócios, chegou a hora de definir as estratégias para abrir novas lojas. Serão discutidos, nessa etapa, o prazo do retorno financeiro, os valores e os royalties, o fundo de propaganda e as multas por rescisão ou quebra de contrato.

A estratégia deve levar em conta o cliente de cada localidade onde a empresa pretende expandir seu negócio, a criação de um perfil do franqueado ideal, a definição do modelo de suporte, o tipo de treinamento, a exigência (ou não) do mesmo layout de todas as lojas e qual a expectativa de resultado com cada uma dessas decisões.

Elaboração dos processos

Padronização é um termo-chave para o franchising. Por isso, os processos para replicar a operação, a gestão e a divulgação da marca devem estar bem definidos. O produto ou serviço precisa ter a mesma qualidade e o mesmo conceito, independentemente do lugar em que a loja for aberta.

Manuais são uma boa opção para dar suporte a novos parceiros e funcionários e ainda servem como direcionamento para as consultorias de campo. Processos simples e bem estruturados tornam os treinamentos muito mais rápidos e eficientes, com economia financeira e resultados melhores.

Gestão de relacionamento

Não adianta pensar apenas na lucratividade do negócio e na distribuição dos produtos — é preciso dedicar um tempo para pensar na gestão de relacionamento com o cliente. Esse é um tipo de negócio que exige uma relação continuada, que deve se estender por muitos anos. Nesse meio tempo, os conflitos são inevitáveis.

Então, é preciso pensar em como manter o investidor e sua equipe motivados com o negócio, aprender a ouvir o parceiro e criar ferramentas para discutir diferentes pontos de vista sem gerar crises. Para isso, há que se ter canais de comunicação abertos e a mediação de conflitos, que já podem estar previstos no contrato na ocasião da formatação da franquia.

Quais os documentos necessários nesse processo?

As resoluções tomadas durante o processo de formatação de franquias, com as regras definidas pela empresa matriz, precisam estar dispostas em uma série de instrumentos jurídicos, como o pré-contrato, a Circular de Oferta de Franquia (COF) e o próprio contrato, que devem ser assinados por ambas as partes.

A assessoria jurídica especializada, com advogados estrategistas em franchising e varejo, como Melitha Novoa Prado, pode elevar a qualidade das cláusulas desse contrato, inserindo temas relacionados à gestão de relacionamento, indicando que o franqueador se filie à Associação Brasileira de Franchising (ABF) e prevendo problemas futuros. Com o auxílio dos profissionais competentes e a atenção aos pontos citados, franquear o seu negócio tem tudo para ser um verdadeiro sucesso!

O nosso post sobre a formatação de franquias foi útil? Compartilhe-o nas redes sociais e espalhe essas informações para os contatos interessados!

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Os desentendimentos são inerentes às relações humanas e não são necessariamente negativos — pelo contrário, podem auxiliar e muito no amadurecimento das relações pessoais e profissionais. Para resolvê-los, no entanto, é necessário dialogar e entender as partes envolvidas.

É exatamente disto que se trata a mediação de conflitos: uma atividade alternativa para solucionar conflitos entre dois ou mais participantes. Esse tipo de procedimento é indicado para negócios, especialmente os que incluem um relacionamento continuado, como no caso do franchising.

Mas, afinal, quando a mediação é recomendada? Quais as suas vantagens? Veja, a seguir, mais detalhes sobre o tema.

Como funciona a mediação de conflitos?

A mediação é um procedimento alternativo, ou seja, sem necessidade de acessar a justiça comum, é utilizado para solucionar conflitos entre duas ou mais partes, sejam elas pessoas físicas, sejam elas pessoas jurídicas. É regulamentado pela Lei nº 13.140/15 e inclui a presença de um terceiro especializado escolhido ou aceito pelos envolvidos: o mediador.

Na prática, acontece uma série de reuniões entre os envolvidos com o auxílio de um mediador externo que atuará de forma a facilitar e a reconstruir o diálogo para buscar caminhos que atendam às necessidades dos participantes. Por isso, a prática é considerada não adversarial.

O mediador não tem poder decisório, como um juiz. Ele faz perguntas específicas para que cada um apresente sua versão do conflito e as possíveis soluções. Contrata-se uma instituição parceira que vai indicá-lo.

Depois de assinado, o acordo é considerado um documento e pode ser apresentado à justiça comum em caso de descumprimento das cláusulas. Além disso, a mediação não exige formalidade, de modo que as reuniões podem acontecer em qualquer ambiente, desde que aceito por todos.

Por que a mediação de conflitos é recomendada para franchising?

Esse tipo de procedimento é indicado para esse tipo de negócio pois prevê uma relação continuada entre franqueados e parceiros, de forma que o vínculo se estende por mais tempo, o que favorece o aparecimento de desentendimentos.

De acordo com a advogada Melitha Novoa Prado, a relação de franquia não está substanciada apenas no contrato formalizado, mas também em uma série de outros pontos, que dizem respeito às expectativas e às percepções dos envolvidos. Por isso, uma solução acordada pelas partes, por meio do diálogo, auxilia na manutenção do negócio.

O ideal é que o contrato tenha cláusulas direcionando a mediação de conflitos, e que o franqueador tenha um perfil que preze pelo diálogo e pela busca de soluções com seus parceiros.

Quais as vantagens de fazer uma mediação?

A mediação evita o crescimento do conflito, melhora o relacionamento entre as partes, não tem obrigação de vir a público, e as decisões costumam sair muito mais rápido. Acompanhe!

Agilidade

Diferentemente da justiça comum, que pode demorar até 6 anos para finalizar um processo, a mediação tem um prazo estabelecido por lei de 6 meses para encerrar as atividades.

Confidencialidade

Os conflitos levados para a mediação não precisam vir a público, a partir do momento em que os envolvidos entram em acordo e decidem manter a informação em sigilo.

Promoção do relacionamento

Relacionar-se bem é um ponto importante para quem pretende investir em uma franquia e, mais ainda, para quem deseja franquear um negócio, já que a relação é continuada. Em um processo de mediação, as partes se aproximam, conversam entre si, mostram suas expectativas e buscam soluções juntas!

Acesso a um mediador especializado

O mediador não tem poder decisório, o que imprime confiança aos envolvidos e diminui a tensão da negociação. Ele é qualificado para fazer as perguntas certas, da forma correta, de maneira a coordenar o procedimento para que todos apresentem suas questões e os sentimentos para buscar uma solução.

Valor

O mediador é pago por hora. No geral, são necessárias apenas duas reuniões, e o valor é dividido proporcionalmente entre as partes.

Por que ter a assessoria de um advogado da Novoa Prado?

O processo de mediação deve ter um suporte de um advogado especializado para apresentar dados, discutir cláusulas e auxiliar na busca por soluções. Essa assessoria estrategista em franchising é exatamente o serviço oferecido pelo escritório Novoa Prado.

Ele oferece assessoria jurídica em todo o processo de mediação, desde a formatação e a estruturação da franquia, de forma a adicionar, ao contrato, o direcionamento para a resolução de conflitos internamente. Além disso, a Novoa Prado tem convênio com a Associação Brasileira de Franchising, que indica mediadores especializados no tema.

Que tal usar a mediação de conflitos em sua franquia? Entre em contato e inicie a sua assessoria jurídica.

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O sistema de franquias está em expansão no Brasil e no mundo. É um dos poucos modelos de negócios que continuam crescendo em relação às novas unidades e aos empregos gerados. Para manter as empresas em ascensão, no entanto, é necessário contar com uma equipe especializada, inclusive no setor de assessoria jurídica.

Advogados estrategistas em franchising e varejo devem atuar para oferecer instrumentos jurídicos eficientes que atendam às necessidades tanto da franqueadora quanto do franqueado, com regras claras para ambos. Eles também serão responsáveis por criar ferramentas para realizar o trabalho de relacionamento preventivo, de forma a permitir uma boa comunicação entre as partes.

Tem interesse no assunto? Então, acompanhe o material detalhado, a seguir, para entender a importância de contar com profissionais qualificados na sua empresa.

Como funciona o sistema de franquias?

O franchising é um sistema em que uma empresa (franqueadora) concede o direito de uso da marca a parceiros (franqueados) que devem replicar o modelo da empresa matriz, de forma a manter o conceito do produto ou serviço e a padronização dos processos (know-how).

Isso se dá mediante a transferência de tecnologias e do modelo de negócio, seguindo padrões de qualidade, especificações técnicas e processos produtivos. Essa tem se apresentado como uma boa estratégia comercial para quem deseja expandir sua atuação.

Regulamentado pela Lei de Franquias (Lei nº 8.955/94), esse modelo de negócio requer uma série de acordos que devem estar firmados em contrato e incluem as regras que direcionam direitos e deveres de ambas as partes.

Tais documentos jurídicos devem prever, entre outros, as taxas e os royalties a serem pagos pelo investidor, bem como informações sobre concessão de direito de uso da marca e seu registro, uso de tecnologia de implantação, sistema operacional, área de atuação do franqueado e particularidades do negócio.

Como atua o advogado especializado em franchising e varejo?

Apenas uma equipe de advogados especializados em franchising consegue auxiliar as marcas a oferecerem instrumentos jurídicos capazes de atender às suas necessidades plenamente. A equipe precisa ser, antes de tudo, estrategista.

Mais do que conhecer a Lei nº 8.955/94, que rege o sistema de franquias no Brasil, ela precisa entender dos pormenores do varejo, no que tange à logística, ao fornecimento, à produção, à capilaridade, à sazonalidade, entre outros temas que fazem o varejo prosperar.

A assessoria jurídica também pode realizar o trabalho de relacionamento preventivo — aquele que ajusta os termos do relacionamento e consegue criar ferramentas que permitem a boa comunicação entre as partes, evitando conflitos e, caso eles surjam, gerindo-os da melhor forma.

Tudo isso — e muito mais! — faz parte da estratégia que permitirá ao advogado construir, com seu cliente, os documentos que serão exclusivos daquela marca e não poderão ser adaptados para outra, porque cada negócio é ímpar.

Há, ainda, outro ponto adicional: o advogado especializado em varejo consegue lidar com as mais variadas tributações que existem no Brasil, facilitando o repasse de informações tributárias da empresa, tanto para a franqueadora quanto para a rede franqueada.

Ou seja, com uma equipe especializada nesse setor, o empresário pode dedicar-se com mais afinco a outras questões, tendo a certeza de que receberá uma prestação de serviços eficiente.

Qual a importância da documentação jurídica para uma rede de franquias?

A documentação jurídica é, na verdade, um dos pontos mais importantes para o bom funcionamento de uma rede de franquias. Estão aí inseridos a Circular de Oferta de Franquia (COF), o Pré-Contrato e o Contrato de Franquia, instrumentos que precisam ser bem elaborados, já que determinam as características do negócio, direcionando os direitos e os deveres da franqueadora e de sua rede franqueada.

A COF, por exemplo, atende a requisitos exigidos pela Lei de Franquias e contém informações amplas com dados sobre a empresa matriz. Ela deve apresentar o histórico da organização, o conceito da marca, os balanços financeiros e o fluxo de caixa.

Também devem constar o tipo de perfil buscado nos parceiros, o valor de investimento, como será feita a distribuição e qual suporte será oferecido, para citar alguns pontos.

Esse documento é tão importante que, considerando a hipótese de que uma demanda entre as partes chegue à justiça, o primeiro documento analisado pelo tribunal é justamente a Circular de Oferta de Franquia, porque é por meio dela que o franqueador ofereceu o negócio ao franqueado e determinou, ali, quais seriam as regras do jogo.

A Circular é o primeiro documento levado para análise dos envolvidos, seguido do Pré-contrato e do Contrato, que devem conter cláusulas sobre logística, exclusividade, território de atuação do franqueado, prazos, taxas e royalties.

Ainda que outras questões tenham sido combinadas verbalmente, o trato não terá validade se não estiver documentado legalmente. Por isso, tanto o franqueador quanto a sua rede devem ter os instrumentos legais válidos, assinados e consultados durante toda a vigência do contrato, para que a relação seja estabelecida em bases sólidas.

Quais informações não podem faltar em um contrato?

Veja, a seguir, alguns tópicos importantes que devem estar contidos no contrato e que serão analisados pela assessoria jurídica.

Logística

Em relação à logística, é preciso entender que, em franchising, acontece a cessão, pela franqueadora, do uso e da comercialização de produtos ou serviços. Em geral, destacam-se, em contrato, quais serão os direitos de uso da marca e dos demais sinais distintivos (logo, nome fantasia, entre outros).

Também é preciso sinalizar como será o modelo de negócio e quais padrões deverão ser seguidos, bem como as especificações técnicas.

Exclusividade

O tipo de fornecimento que será feito também precisa estar descrito em contrato, podendo ser exclusivo de um único investidor ou estar disponível também a outros parceiros.

O desenvolvimento das atividades de comercialização dos produtos/serviços deve estar assinalado no documento, que pode conter, inclusive, o endereço físico de cada uma das lojas sob o comando de determinado franqueado.

Podem estar descritos outros detalhes, como a necessidade de autorização prévia e expressa da empresa matriz para que o investidor possa abrir novas lojas ou vender outros produtos da marca.

Território de atuação

É fundamental que o instrumento conte com informações explícitas sobre o tema, acerca da existência ou não da exclusividade territorial — cláusula que impede que outros franqueados da mesma marca instalem novas lojas dentro de determinado perímetro fixado em contrato, por determinado tempo.

Também é possível que o contrato de franquia disponha se há ou não o direito de preferência com relação a operar e instalar novas franquias em territórios vizinhos, por exemplo.

Prazo

O prazo do contrato também não pode ser esquecido — deve estar descrito no documento, podendo ser indeterminado ou por temporada específica. Nessa cláusula, também podem constar detalhes sobre multas decorrentes de rescisão ou quebras de contrato.

Taxas e royalties

O contrato precisa descrever, com clareza, quais os deveres financeiros que o investidor deve ter em relação à franqueadora. Assim, datas, formas de pagamento e cálculo de taxa precisam ser estabelecidos nos documentos jurídicos. Aqui, estão inclusos a taxa inicial de franquia e os royalties.

A taxa inicial de franquia é um valor pago pelo franqueador para que ele tenha acesso ao negócio e possa aderir ao sistema. É importante definir em contrato, também, se haverá um percentual da taxa na ocasião de renovação do contrato posteriormente.

Já os royalties dizem respeito a uma taxa mensal, ou semestral, para uso da marca. Em geral, o cálculo do valor cobrado se baseia no faturamento do franqueado. Tais regras precisam estar dispostas nos contratos, que também devem conter informações sobre a possibilidade de inadimplência.

Fundo de propaganda

Chamado também de fundo de promoção, diz respeito ao valor que será aplicado em ações de marketing e publicidade, uma taxa que será rateada entre o franqueado e o franqueador, sendo que a gestão, no geral, fica a cargo desse último. Os detalhes relacionados a esse fundo devem estar descritos no contrato.

Por que o relacionamento de rede é uma questão estratégica?

Outro ponto no qual o escritório especializado em franchising é primordial é em relação à gestão de relacionamento. Redes de franquia que investem em relacionamento preventivo conseguem evitar conflitos porque criam, com seus franqueados, uma relação de confiança e transparência.

Em geral, elas primam pela gestão participativa, com a adoção de estratégias e ferramentas, como o Conselho de Franqueados e a Associação de Rede, em que representantes dos franqueados participam de reuniões consultivas para tratar assuntos macro, de interesse de todos, permitindo, assim, que os investidores participem mais das decisões.

Cada rede pode estabelecer, a partir de suas próprias regras, em estatuto, a atuação do Conselho. Esse tipo de ferramenta não está disposta na lei que regulamenta o sistema de franquia, mas pode ser utilizada para facilitar a comunicação entre as partes, inclusive entre franqueados de reuniões diferentes, de forma que as ações possam atender a todos.

Os advogados especializados em franchising conseguem direcionar a rede ao melhor caminho para que essas ferramentas sejam adotadas no momento certo. Isso porque eles têm experiência para implantá-las corretamente.

Outros pontos que podem receber atenção na relação entre franqueado e franqueador são a disponibilidade de uma comunicação aberta, para que todos possam apresentar as suas sugestões, e a oferta de suporte adequado, pela empresa matriz, com bons treinamentos e consultorias.

Mesmo com todos os cuidados relacionados à prevenção, conflitos podem surgir. Esse é outro momento em que uma equipe de advogados estrategistas em franchising faz muita diferença durante o processo, já que, possivelmente, optará pela resolução de conflitos por meios não -adversariais, prioritariamente.

Um desses meios é a mediação, muito utilizada nesses casos, pois é rápida, eficiente e confidencial, representando uma maneira na qual não é necessário levar o conflito até a justiça comum, já que o processo pode demorar muitos anos.

Essa técnica de conciliação coloca os envolvidos em reuniões com um mediador devidamente capacitado no assunto em questão, de forma que as partes apresentem sua versão do problema e suas sugestões para resolvê-lo.

Os advogados podem apresentar a opção de mediação à empresa matriz, e, inclusive, sinalizar, em contrato, a possibilidade de utilizar essa ferramenta. Também podem encaminhar os trâmites, quando necessário. Em outros casos, podem seguir outras opções, como arbitragem e a justiça comum.

Pode parecer algo simples, mas prever os acontecimentos e direcionar os conflitos de forma que a relação entre os envolvidos se mantenha saudável e sem perdas financeiras faz toda a diferença para o sucesso da franquia!

Por que buscar a assessoria jurídica da Novoa Prado Advogados?

A banca Novoa Prado Advogados é especializada em Direito Empresarial, com foco em Franchising e Varejo Estratégico. Ela atende marcas como China in Box, Rei do Mate, Intimissimi, Água Doce Cachaçaria, Canal Concept e Divino Fogão.

É de sua sócia-fundadora, Melitha Novoa Prado, o conceito de relacionamento preventivo de redes, no qual se prega o bom relacionamento entre franqueador e franqueados para uma relação saudável e para o crescimento sustentável das marcas.

A empresa atende a todas as frentes ligadas ao franchising e a outros canais de distribuição de varejo, desde a formatação até o desenvolvimento pleno da parceria.

Ela auxilia na instalação do negócio, na elaboração dos instrumentos jurídicos, como a COF (Circular de Oferta de Franquia), o Contrato e o Pré-Contrato, e na elaboração de instrumentos legais de licença e distribuição, além de documentos jurídicos e operacionais.

Melitha e sua equipe fornecem uma prestação de serviços personalizada e colaborativa para a estratégia dos clientes, em busca de soluções inovadoras para resultados positivos. Isso significa desenvolver constantemente os profissionais e primar por um relacionamento contínuo e transparente com os clientes.

Além disso, a Novoa Prado oferece serviços para a reestruturação e o suporte legal às redes de franquia e assessoria para a constituição de Conselhos de Franqueados e Associações de Rede, para gestão do Fundo de Propaganda e outras ferramentas jurídicas que sejam necessárias para a manutenção legal das redes de franquia.

A banca também tem uma equipe especializada em contencioso, para os casos em que o cliente já não consegue lidar com os conflitos por meio da mediação. Inclusive, é indicado que o contrato tenha uma cláusula de compromisso arbitral, também chamada de eleição de foro, em que estarão dispostos os detalhes para submeter possíveis conflitos à arbitragem.

Franquear o seu negócio pode ser um passo muito importante para o crescimento da sua empresa, por possibilitar uma estratégia comercial de distribuição de produtos ou serviços. No entanto, não se esqueça de ter, ao seu lado, os melhores profissionais do ramo.

Isso vale, inclusive, para o setor jurídico, para que as regras de negociação estejam estabelecidas nos documentos com clareza, de forma a ter o máximo controle sobre todas as etapas e um resultado positivo no relacionamento entre fraqueados e franqueador.

Ainda tem dúvidas sobre a atuação do advogado estrategista em franchising e varejo? Entre em contato e tenha acesso à assessoria jurídica especializada no segmento.

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Tornar sua empresa franqueadora pode ser uma boa oportunidade para expandir sua marca. No entanto, também requer dos envolvidos – franqueador e franqueados – uma série de acordos e condições para manter um bom relacionamento a longo prazo.

O sistema de franchising consiste na seção de direito de uso de marca e, para isso, o franqueado paga ao franqueador as taxas de franquia e os royalties. Além disso, existe uma contribuição de cada unidade franqueada, geralmente cobrada sobre o faturamento, destinada a formar o fundo de propaganda.

É do fundo de propaganda que sairá o montante para as ações promocionais da marca, que devem movimentar as vendas de toda a rede e trabalhar a imagem institucional. Acompanhe o texto para saber mais detalhes sobre o assunto.

Como funciona o fundo de propaganda?

O fundo de propaganda é uma reserva financeira criada para subsidiar as ações previstas pelo plano de marketing. Fazem parte disso, na maioria das redes, as campanhas institucionais, o planejamento estratégico, a assessoria de imprensa, as agências de publicidade e Marketing e as ações estratégicas promocionais da rede, como um todo.

O fundo é essencial para manter o padrão de comunicação, afinal, o montante arrecadado possibilita a criação de campanhas mais estruturas e impactantes. Há casos em que as ações são rateadas, sendo 50% custeados pela franqueadora e os outros 50% retirados do fundo.

A reserva é alimentada pelos franqueados por meio do pagamento de uma taxa de de publicidade. A taxa, que é citada na Lei de Franchising. pode ser mensal, fixa ou sobre o faturamento de cada unidade, e seus detalhes devem constar em contrato.

De que forma pode ser gerenciado?

Via de regra, o fundo de propaganda é gerenciado pela franqueadora, que deve compartilhar decisões e questões relacionadas à publicidade com os franqueados. Isso porque a quantia ali disponível não é parte da remuneração dela, mas uma verba para ser usada unicamente em áreas de interesse coletivo.

Inclusive, é responsabilidade da empresa matriz prestar contas anualmente, ou em período estabelecido em contrato, aos franqueados acerca das receitas recebidas referentes à taxa de contribuição de marketing e também dos gastos custeados pelo fundo de propaganda.

Para que as transações fiquem ainda mais claras e transparentes, é obrigatório que a franqueadora crie uma conta separada só para esse fim e mantenha os parceiros atualizados sobre saldo e aplicação.

Também é possível, e até interessante, que um Conselho de Franqueados atue na gestão de forma consultiva, de forma a ficarem cada vez mais imersos no negócio. Além disso, vendo tudo de perto, fica mais fácil compreender a importância de manter o investimento.

Por que é importante prever as regras em contrato?

As regras de cada detalhe do sistema de franquia devem ser claras, levando em conta que estamos falando de uma relação duradoura, da qual todos os envolvidos dependem. Portanto, direitos e deveres de ambas as partes devem estar descritos em contrato!

No caso do fundo de propaganda não é diferente. É preciso que o franqueado entenda a necessidade de pagar a taxa e acompanhe de perto as movimentações, para não gerar dúvidas ou desentendimentos, bem como é preciso que as funções e limites de gestão da franqueadora estejam bem descritos.

Uma equipe jurídica especializada é imprescindível para dar apoio à franqueadora, revisando e adaptando, se necessário, os documentos referentes ao sistema de franquia, desde a Circula de Oferta de Franquia (COF) até o contrato.

É possível criar até um regulamento específico para o fundo de propaganda, em que constem os detalhes do que foi acordado entre as partes. De toda forma, o contrato deve detalhar como será feito o pagamento da taxa de contribuição de marketing e os prazos para prestação de contas da franqueadora.

Com um fundo de propaganda bem gerenciado e regras claras estabelecidas em contrato, a comunicação institucional e a publicidade ficam mais coesas, o que aumenta a viabilidade para grandes ações promocionais e a manutenção do padrão da marca. Ou seja, é bom para todo mundo!

Gostou do tema? Então continue com a gente e veja 8 dicas para atrair mais e melhores leads nas feiras de franquia.

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Empreendedores habilidosos criam empresas prósperas, bem estruturadas e a rede se expande. Mas, se o negócio é bom, por que ficar apenas na rede própria? Franquear é lucrativo, aumenta a velocidade de expansão e fortalece a marca. Quem quer passar por esse processo com sucesso se depara com a seguinte questão: como transformar meu negócio em franquia?

As dúvidas são comuns e é muito importante esclarecê-las antes de buscar interessados em ingressar no negócio como franqueados. O processo de preparação do negócio, criação do business plan e formatação da franquia são passos indispensáveis para quem deseja atuar com seriedade no franchising.

Quer aprender por onde começar? Veja a seguir!

O que levar em consideração?

Em primeiro lugar, antes mesmo de passar aos pormenores de como uma empresa vira franquia, é importante pontuar alguns aspectos relacionados ao negócio. O sistema de franchising é um modelo de negócio que é previsto em lei – a nova lei de franquias acaba de ser sancionada pela Presidência da República e entrará em vigor em março, sob o número 13.966, substituindo a lei 8.955/94. Por isso, há quesitos que devem ser seguidos em relação aos documentos, direitos e deveres das partes e outras particularidades desta forma de se expandir os negócios.

Em segundo lugar, é importante ressaltar que a criação de uma rede de franquias serve para expandir os negócios e fortalecer a marca. Não se trata de criar uma filial da empresa com o capital de outros empresários. A franquia replicará um modelo de negócio bem-sucedido e, por isso mesmo, o sucesso deve existir. Franquear não é uma forma de vencer uma crise interna.

Um outro ponto extremamente relevante é que o negócio central do franqueador não é vender franquias. A rede é uma estratégia de expansão dos negócios, mas também uma troca. O franqueador fornecerá conhecimento para os franqueados, trabalhando em conjunto com eles para que todos tenham sucesso. Há muito trabalho a fazer e o franqueador atua muito além da assinatura do contrato.

Como transformar meu negócio em franquia?
Partindo desses pressupostos essenciais, vamos aos passos que respondem ao questionamento inicial.

1. Crie um modelo que possa ser reproduzido por terceiros

Só pode ser franqueável um modelo de negócio que pode ser reproduzido com sucesso por outros empresários. O que é oferecido ao consumidor final nas franquias é semelhante ao que o franqueador sempre ofereceu em seus estabelecimentos.

A reprodução do negócio deve ser possível para quem está trabalhando na franquia, de acordo com variáveis do mercado. Deve haver sinergia especialmente quanto ao público-alvo, o número de habitantes atendidos e logística do ponto comercial. A ideia por trás do sistema de franquias é a padronização.

2. Encontre seu diferencial

O que torna sua empresa diferente das demais? Por qual motivo os clientes consomem em seu estabelecimento e não em outros, concorrentes? Esse diferencial é a base do valor oferecido ao franqueado que se junta à rede. O diferencial competitivo é um item indispensável para o sucesso de uma rede de franquias.

3. Invista no que dá certo

O empresário franqueador tem que ter operações próprias de sucesso. Assim, consegue demonstrar, na prática, os motivos pelos quais a franquia ofertada é viável e interessante para outros empreendedores. A vivência anterior e a construção de uma carreira no segmento que se pretende franquear fazem parte dos conhecimentos que serão fornecidos ao franqueado.

4. Faça o business plan

O plano de negócios é essencial. Quais são os objetivos do sistema de franquias? Como ele funcionará? Com quais recursos? Qual será o grau de comprometimento do franqueador com o negócio do franqueado?

Todas as questões relativas ao plano de negócios da franquia devem ser feitas no planejamento estratégico do negócio. O business plan funcionará como um verdadeiro mapa do caminho que será percorrido pelo franqueador e seus parceiros.

As decisões tomadas no plano de negócios variam muito de acordo com o perfil do franqueador. Alguns são mais centralizadores, outros querem delegar mais. Alguns exigem uma franquia complexa, outros preferem que os franqueados tenham uma estrutura mais enxuta. Tudo isso dependerá do quadro organizacional projetado pelo empresário e determinará os resultados do negócio.

5. Crie o registro de métodos e patentes

Se o método da franquia pode ser registrado, se há uma invenção patenteada ou propriedade intelectual que admita registro, isso deve ser feito antes mesmo de concluir a formatação do negócio.

Não se trata de uma obrigatoriedade legal, mas o registro assegura que os parceiros não sejam prejudicados pelo uso indevido das propriedades da marca, método ou patentes. O registro dá uma camada adicional de proteção e garantias aos franqueados, agregando valor à rede de franquias.

6. Planeje a formatação do sistema

A formatação do sistema de franquias é essencial, pois ela se tornará um novo negócio do franqueador. Para ingressar no mercado é necessário que já exista o formato pronto, não é possível trabalhar na base da tentativa e erro. O profissionalismo demonstrado nas fases anteriores ao contrato é um elemento que traz autoridade e confiança, essencial para quem quer atrair bons franqueados.

Tudo deverá ser objeto de estudo e planejamento: tributos, taxas cobradas para que o sistema seja viável, quadro de funcionários desejável em cada unidade franqueada, logística de escoamento, manualização e tudo mais que for necessário para a operação. Só depois de ter todas as respostas é que o franqueador buscará interessados no mercado.

7. Prepare a redação dos documentos fundamentais

Não existe franquia sem os documentos previstos em lei. Os três itens fundamentais são:

  • circular de oferta de franquia;
  • pré-contrato de franquia;
  • contrato de franquia.
  • A determinação dos direitos e obrigações das partes, bem como a exposição detalhada de todo o formato estabelecido até aqui, deverão constar de tais documentos. Trata-se de exigência legal, que deve ser observada e cuja redação compete a profissionais especializados no assunto.

Deixar algo de fora nos documentos essenciais traz prejuízos significativos para os envolvidos, por isso é essencial contar com o suporte de um advogado especializado em franchising.

A resposta para a questão “Como transformar meu negócio em franquia?” passa por uma verdadeira jornada de aprendizado. Trata-se de uma maneira própria de fazer negócios, mas que rende bons frutos. Para isso, é fundamental contar com uma boa assessoria jurídica, como a Novoa Prado, que presta consultoria jurídica empresarial em franchising, com ampla experiência no ramo para empresários de vários setores.

Quer formatar um sistema de franquias? Entre em contato conosco e conheça nossa consultoria especializada!

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O franchising está em alta e oferece oportunidade em diversos segmentos. Por isso, o investidor que deseja ter um negócio próprio, com mais segurança, opta pelo modelo de franquia. Já o franqueador que quer ver sua marca em diversos locais, ampliando a capilaridade, até mesmo no exterior, busca investidores interessados em aliar-se a ela, tornando-se parceiros do negócio.

Porém, tanto franqueadores quanto franqueados precisam tomar cuidado com modismos na franquia. O franqueador porque não sustentará sua marca por muito tempo – e, obviamente, desejará perpetuá-la no mercado. E o franqueado porque não terá o retorno do seu investimento, já que os modismos duram pouco.

Pensando nisso, elaboramos este post para esclarecer algumas dúvidas. Acompanhe!

Quais são os principais modismos encontrados no modelo de negócio de franquias?
Existem alguns pontos entre as franquias que podem ser considerados modismos e que merecem atenção antes de escolher como pretende atuar no mercado. Veja a seguir!

Franquias de produto único

Muitas marcas buscam se inserir no mercado por meio da disposição de produtos incomuns e que podem interessar muito ao público em um primeiro momento. A vantagem de oferecer um produto único é que o mix de opções comercializas é menor, simplificando a operação, o controle de estoque, entre outros.

No entanto, a principal desvantagem está ligada ao risco de esses produtos saírem de moda de forma rápida e, caso o franqueador não esteja ligado e oferecer alternativas que continuem atraindo os clientes, pode ocorrer um número considerável de unidades que não conseguirão ir adiante. Pense bem: quantas vezes o mesmo consumidor comprará o seu produto? De quantos consumidores você precisará num dia, para fazer um bom ticket médio, se tem apenas um produto disponível?

Franquias online

As franquias online têm um funcionamento semelhante às franquias tradicionais, com a diferença de que, em vez de terem lojas físicas, elas utilizam a internet. Entre seus benefícios está a possibilidade de adquirir renda trabalhando dentro de casa, flexibilidade de horários, além de exigirem menos investimentos, considerando que não é preciso gastar com aluguel, funcionários e outras despesas relacionadas ao ponto de venda.

Contudo, é muito importante que o franqueado online tenha em mente que as responsabilidades são as mesmas de uma franquia comum, e que eles precisam ser cumpridas adequadamente para que o negócio cresça de forma saudável. Isso quer dizer que não é mais fácil pela possibilidade de trabalhar em casa.

Ou seja, ela pode passar a impressão de que as coisas são mais simples, o que leva muitos empreendedores a não darem a devida atenção à gestão do negócio, fazendo com que ele tenha grandes chances de dar errado.

Da parte do franqueador, como ele consegue controlar a dedicação do franqueado? Que ferramentas ele tem para gerenciar o trabalho da equipe? É um segmento que não permite amadorismo…

Segmentos novos

Trata-se de produtos e serviços que nunca existiram e que, de repente, aparecem com inúmeras marcas, como as esmalterias, fotodepiladoras, paleterias mexicanas, casas de bolos, cupcakerias, brigaderias, entre outros, e que agiram o mercado por um período, mas que permitem a sobrevivência de pouquíssimas marcas.

O grande risco nessa situação é o franqueado investir todo o seu capital nessas novidades e perder o investimento e o sonho de ter um negócio próprio de sucesso. Porém, esse cenário não é tão pessimista, considerando que o país está carente em relação à infraestrutura e existem franquias com grandes chances de crescimento, como as prestadoras de serviços. Então, isso não significa que nenhum desses negócios não possam dar muito certo!

Mais uma vez, o franqueador precisa estar atento ao seu negócio, fazendo um trabalho de Marketing afinado, para que o cliente o conheça e deseje seu serviço. O investimento, neste caso, é grande, mas é necessário para a disseminação do conceito do negócio.

Quais cuidados devem ser observados ao optar em adquirir uma franquia?

Uma maneira estratégia de alcançar as metas e objetivos esperados com a obtenção de uma franquia é observar alguns aspectos muito importantes. Veja, a seguir, cinco deles.

1. Avalie o tempo de atuação no mercado

Se o êxito de um negócio se inicia rapidamente e aparece do nada, averigue as expectativas de estabilidade no futuro. Promessas que se espalham de forma quase que instantânea têm grandes possibilidades de serem modismos.

Assim, o tempo de atuação no mercado é uma ótima forma de identificar quais são os melhores segmentos e negócios. O mais indicado é investir em produtos e serviços de tradição, e tendências que buscam atender uma demanda real dos consumidores e vão além de ser somente um objeto de consumo.

2. Veja qual é o prazo de retorno financeiro

Quando o retorno do investimento é rápido, com alta taxa de lucratividade, você pode ficar com um pé atrás, pois são elevadas as chances de estar lidando com um modismo, já que essa é uma característica típica dos negócios que têm prazo de validade. Então, avalie com atenção uma proposta de investimento que promete dinheiro rápido, já que elas podem ser apenas momentâneas.

3. Observe o aumento da demanda

A maneira como a proposta aparece no mercado também está ligada à demanda. Todo mundo passou a falar sobre o assunto repentinamente? Se não há um nicho muito específico, pode ser modismo.

Isso porque as tendências de mercados são constituídas pelo surgimento de uma necessidade de um certo grupo de clientes, nos quais ganha força para depois crescerem. Existe um tempo para que elas se estabilizem e se expanda entre outros nichos.

4. Identifique como o seu público lida com o que é oferecido

A forma de lidar de quem procura o produto ou serviço mostra se um negócio se insere entre as tendências de mercado ou se é apenas modismo. As demandas realmente influenciam no sucesso, porém é necessário observar se elas vão se manter por um longo tempo.

5. Veja qual é o impacto cultural

O impacto cultural é uma questão relevante que deve ser identificada para entender quais são as verdadeiras tendências do mercado. Nesse caso, é preciso verificar o contexto geral da estratégia de negócio, tendo em vista que o sucesso depende de diversos aspectos.

Por exemplo, identifique quem é o público-alvo, onde ele está concentrado, quais são as forças regionais, se existe um contexto sociocultural ou econômico que influencie nas vendas, qual é o cenário natural do lugar escolhido, entre outras indagações necessárias para entender qual é o impacto da proposta, o que gera uma segurança maior contra os modismos.

Antes de optar por uma franquia, faça um estudo de viabilidade do negócio, entenda um pouco mais sobre a legislação que rege esse modelo de negócio, estude o funcionamento desse sistema, para realizar uma avaliação e identificar o negócio mais apropriado para a sua realidade, evitando os modismos que podem ser bastante prejudiciais e atrapalhar todo o sonho de obter o sucesso.

Gostou deste conteúdo? Então, aproveite para continuar sua leitura e entender também por que a Circular de Oferta de Franquia é tão importante!