Reading Time: 5 minutes
Por Melitha Novoa Prado*

Com boa parte de suas operações instaladas em shoppings centers, as franqueadoras brasileiras viram-se em situação alarmante na pandemia. Muitas marcas dependiam exclusivamente deste canal de distribuição e sofreram duras perdas em faturamento. Conforme dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), entidade que congrega o setor, a queda média do faturamento das franquias foi de 48,2% em abril; 41% em maio e 30,1% em junho.

Com quase 50% a menos de faturamento – deve-se lembrar que esse número reflete uma média do setor e que também leva em conta as operações que não sofreram com a pandemia e as que até lucraram com este momento e, portanto, algumas redes podem ter perdido muito mais que metade de seus ganhos – , não é difícil imaginar-se que as franquias demitiram pessoas, fecharam operações e suspenderam relações com fornecedores. O encadeamento de empresas envolvidas numa crise sempre é grande e, quando um setor é duramente atingido, a situação reflete-se em fornecedores e prestadores de serviços, que perdem clientes.

Assim, de consultorias, escritórios de design e arquitetura, advogados, agências de marketing e comunicação, gráficas, empresas de embalagem e descartáveis, por exemplo, a fornecedores de matéria-prima e indústrias foram prejudicados com o fechamento dos shoppings e das franquias.

Quem acompanha o Franchising desde o seu começo jamais viu uma crise como esta. Passaram-se governos e trocaram-se moedas, o sistema teve seu boom, nos anos de 1990, com desaquecimentos e reaquecimentos em diversos períodos, tendo que se reinventar, por muitas vezes, mas jamais foi impedido de receber seus consumidores.

E quais foram os aprendizados das redes, após todo o caos?

Nunca foi preciso agir tão rápido para sobreviver. Algumas marcas conseguiram. Outras, demoraram. Houve aquelas que pareciam já estar preparadas. E pode haver quem ainda nem se deu conta de onde veio a onda que o atingiu.

Analisando a situação hoje, quase seis meses depois do início da pandemia, que imaginávamos que duraria dois meses, no máximo, já conseguimos tirar algumas conclusões.

Uma delas é que alguns setores souberam aproveitar a crise para ganhar dinheiro. Quem trabalhava com delivery, por exemplo, viu no decorrer da pandemia uma situação bastante propícia: em casa, sem poder sair, só restava à população pedir comida e tentar, assim, reduzir o impacto do isolamento social. Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pela Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, mostrou que as vendas por delivery cresceram quase 95% entre janeiro e maio deste ano, em comparação aos mesmos meses do ano passado. O pico de crescimento se deu a partir de maio, quando o consumidor percebeu que, realmente, ficaria em casa, e quando sentiu menos medo da situação econômica, segundo os analistas da pesquisa.

Redes que não trabalhavam com delivery ou que viam nesta modalidade apenas um complemento para sua operação passaram a ter nela a principal atividade do negócio. A Amor aos Pedaços, tradicional franqueadora a operar em shoppings, já dispunha de comércio eletrônico e delivery, mas com pequena participação em seu faturamento. Na pandemia, passou a trabalhar fortemente com entregas. Essa não foi a única mudança na marca: a franqueadora também criou kits especiais para pequenas comemorações em casa, apenas com o núcleo familiar. Se, antes, os kits continham quantidade de alimentos suficientes para dez pessoas, agora as ‘festas’ passaram a atender de dois a quatro comensais. Bolos menores, menos doces – mas sem perder o cliente.

E diversas outras marcas fizeram o mesmo. Surgiu o delivery de roupas, cosméticos, aparelhos eletrônicos. Nunca se entregou tanta coisa – e essa tendência pode nunca mais desaparecer das redes franqueadoras.

E quem não tinha loja virtual, como ficou? Certamente, perdeu muito. No franchising, houve certo receio, por parte de algumas franqueadoras, de não ter e-commerce, de forma a não concorrer com as lojas físicas. A dificuldade de repassar as vendas para as unidades franqueadas ou de fazer com que esse canal de distribuição de produtos entendesse que as vendas virtuais são outro canal, independente, adiou a decisão de empresários de implantar o e-commerce. E, na pandemia, muitos deixaram de ganhar. Essa perda fez com que inúmeras marcas repensassem seus canais de distribuição, criando novas políticas para conseguirem relacionar-se melhor com a questão, sem perder novos clientes e oportunidades.

Em relação aos setores, quem perdeu e quem ganhou? Em Construção, vimos números expressivos. Para se ter ideia, a Pinta Mundi Tintas, uma pequena franqueadora de lojas de tintas, com cerca de 30 unidades franqueadas, viu a meta de faturamento de suas lojas ser batida nos meses de maio, junho e julho, tendo em julho um incremento de 122%. O franqueador atribuiu o feito às obras realizadas pelas pessoas que se encontram em home office: com mais tempo em casa, pintar os ambientes tornou-se importante para o bem-estar familiar e as reformas domésticas cresceram na pandemia.

Já as escolas, de modo geral, viraram-se como puderam. A maioria delas investiu pesado na manutenção de seus alunos por meio de cursos online, já que as aulas presenciais foram suspensas. Houve muitas perdas, especialmente para os cursos de idiomas, que sofrem paralelamente ao desemprego, quando o aluno corta a despesa extra.

Estratégias interessantes foram criadas: uma rede de ensino profissionalizante do interior de São Paulo, a MicroPro Desenvolvimento Profissional e Comportamental, com 38 unidades franqueadas, doou 1.000 bolsas para um curso EAD, de forma a atrair mais atenção para sua marca. O sucesso da campanha fez com que, agora, a franqueadora criasse outro curso e o disponibilizasse para jovens e seus familiares, ampliando o número de bolsas para 10 mil.

Desta forma, além de manter alunos ligados à marca, está atraindo quem não a conhece, de forma a ter atenção de potenciais novos alunos. Mas, isso só foi possível a partir de uma plataforma de ensino online já estruturada antes da pandemia, que permitiu que a empresa operasse no sistema de ensino à distância.

As prestadoras de serviços também obtiveram perdas e ganhos. As lavanderias foram bastante atingidas porque, em casa, não houve grande necessidade de usarem-se roupas que o brasileiro costuma lavar neste tipo de estabelecimento – e o movimento caiu. Entrar nas residências e nas empresas dos clientes não foi tarefa fácil, diante da necessidade do isolamento social e do medo da contaminação por coronavírus, então, as redes que prestam serviços domésticos precisaram reinventar-se. A Jan-Pro, por exemplo, adaptou seus serviços de limpeza profissionais para atender empresas que precisam justamente de ambientes mais limpos e livres de infecções. Apostando neste nicho, conseguiu manter suas franquias em atividade. Mais uma vez, a rapidez e a estratégia de se pensar em rede salvou um negócio.

A pandemia fez com que franqueadores e franqueados pudessem sentir, definitivamente, que fazer parte de uma rede pode ser determinante para o sucesso ou o fracasso de um negócio. As marcas mais estruturadas conseguiram agir rapidamente, reverter a situação, estrategicamente, e sobreviver ao caos.

Algumas já vinham se estruturando para atuar no ambiente virtual – fosse ele com aulas EAD ou e-commerce – e puderam ter nesse investimento a salvação do negócio. Outras tiveram caixa para implantar estratégias que garantiram a sobrevivência da marca, enquanto houve aquelas que apostaram na criatividade e no poder de adaptação para não quebrar. Certamente, foi infinitamente mais difícil para quem não faz parte de uma rede e teve que pensar e agir sozinho, sem respaldo de uma equipe, uma marca consolidada.

Por fim, acredito que tanto a grande perda quanto o grande ganho da pandemia, para as franqueadoras, deu-se no relacionamento do franqueador com sua rede franqueada e dos franqueados, entre si.

Falando-se primeiro em perdas, se pensarmos nas marcas que não investiram em formar uma base relacional séria, sólida e extremamente transparente com seus franqueados, não vejo como elas sobreviverão sem sequelas a esta pandemia e à crise. Não é possível que, no caos, números maquiados fiquem escondidos, relacionamento ruim com fornecedores não seja ainda mais prejudicado e desonestidade com o mercado e com o consumidor fique acobertada. Portanto, infelizmente, quem faz (ou fazia) parte de uma marca que pratique alguma inconsistência dificilmente salvou seu negócio ou terá sucesso, daqui para a frente. E o relacionamento entre o franqueador que não oferece boas práticas com sua rede não tem chances, depois de todos os acontecimentos que vivemos.

Já os ganhos das redes que praticam o Franchising Consciente podem ser fortalecedores para a marca. É ilusório achar que a pandemia não deixará sequelas, ainda que mínimas, nos empreendedores. Mas, presenciamos redes unidas, com franqueados ajudando-se, nas mais variadas frentes, e franqueadores apoiando seus parceiros em todos os aspectos. E, certamente, quem faz parte de uma rede busca esse tipo de relacionamento.

Não é possível determinar quando (e se) o varejo voltará ao normal, como era antes. Como não conseguimos adivinhar o futuro, porque ele é aleatório, precisamos pensar bem nas atitudes que tomamos, hoje, para nos prepararmos para os adventos que podem desestabilizar nossos projetos.

*Melitha Novoa Prado é sócia do escritório Novoa Prado Advogados.

Reading Time: 3 minutes

Cansado de operar a franquia, que apresenta baixo faturamento, o franqueado decide se desvencilhar do negócio. Para isso, coloca um anúncio nas redes sociais e em um site de classificados, aciona seus contatos e decide pelo repasse de unidade franqueada, vendendo seu estabelecimento.

Ao conseguir um comprador, acertar os detalhes da venda e deixar tudo pronto, o franqueado comunica o franqueador a sua decisão. Com isso, cria-se uma situação em que o que se espera é que a marca aceite o indicado pelo franqueado para a operação.

No entanto, será que isso é válido? A marca deve acatar a escolha do franqueado? Quais são as etapas desse processo? Para entender melhor o problema do repasse de unidade franqueada, continue a leitura do artigo! Selecionamos informações importantes para esclarecer as suas dúvidas!

Quais são os direitos do franqueador e do franqueado em relação ao repasse?

Os direitos das partes no contrato de franquia envolvem a parceria que se estabelece entre o franqueador e o franqueado. O que se espera é que o franqueador forneça um bom negócio, devidamente formatado, com transferência de know-how e suporte adequado à operação.

É importante atentar, no momento do repasse de unidade franqueada, que o franqueador é soberano na aceitação do novo franqueado. O dono da marca tem a expertise de escolher seus franqueados, não sendo obrigado a aceitar qualquer pessoa para integrar o negócio.

É necessário que o candidato à franquia tenha muito mais que dinheiro — o perfil deve ser adequado, mesmo que exija algum tipo de preparação e formação. O empresário que integrará a rede deve saber o que se espera dele e como deverá se comportar, aderindo às condições do negócio conforme determinado pelo franqueador. Assim, não basta querer comprar uma unidade franqueada, também é preciso preencher os requisitos para fazer parte dela.

O sucesso da rede de franquias depende de uma seleção rigorosa para que empresários com o perfil adequado sejam parte do sistema. Isso não muda na hora de avaliar a possibilidade de repasse de uma unidade, cabendo, inclusive, a recusa do franqueador.

Assim, quando o franqueado decide encerrar sua atuação, o repasse de unidade franqueada é uma opção, mas deve ser analisado dentro do contexto do sistema de franquias. Só poderá ser concretizada a venda do estabelecimento dentro do sistema se isso for conveniente para a rede. Não é porque o franqueado é detentor do ponto comercial e do estabelecimento que pode obrigar o franqueador a aceitar o comprador que ele escolheu.

Como deve ser feito o repasse de unidade franqueada?

Em muitos casos, para resolver a questão, o franqueador aceita o novo candidato na rede, sem avaliar adequadamente seu perfil. Assim, acaba trocando um problema por outro, ainda maior.

Como podemos ver, o repasse de unidade franqueada vai muito além de fechar o preço do negócio.

No entanto, como se deve agir nesses casos?

Quem é franqueado e decide não continuar no negócio precisa comunicar, ao franqueador, a sua vontade de vender a operação antes de buscar compradores por conta própria.

É fundamental que franqueado e franqueador entrem em um acordo para encontrar um novo operador para a unidade. Caso isso não aconteça, ainda é possível que seja feita a recompra pela franqueadora ou, na impossibilidade dessas opções, é viável descontinuar a operação naquele estabelecimento.

Nesse momento, ambos devem agir juntos, para que o resultado seja o melhor para todos — inclusive para quem assumirá a unidade franqueada.

Como garantir o sucesso dessa transação?

Todos os procedimentos jurídicos da cisão com o franqueado atual, do processo de seleção e do contrato com o novo franqueado devem ser formalizados, para que haja garantias legais para todos.

Dessa maneira, aquela unidade franqueada poderá continuar operando e até terá chance de obter sucesso sob nova gestão, e o próprio franqueador poderá oferecê-la a um franqueado já aprovado em seu processo de seleção, até mesmo poupando o franqueado que quer sair da rede do trabalho de buscar alguém para comprar a unidade franqueada.

Em todas as etapas do relacionamento, o que deve imperar é a transparência e o bom senso, afinal, é possível realizar a cisão de maneira menos traumática. Por isso, o repasse de unidade franqueada é um processo conjunto entre franqueador e franqueado, não sendo possível que tudo seja feito de forma unilateral.

A relação entre franqueador e franqueado deve ser sempre pautada na transparência, no diálogo e em muito esforço conjunto. Isso não é diferente quando falamos da saída do franqueado da rede. O repasse de rede franqueada é possível, mas deve ser feito em conjunto, visando à preservação da integridade da rede e dos direitos do franqueador. Dessa forma, a saída acontece sem o surgimento de conflitos e prejuízos para os envolvidos no empreendimento.

Gostou do artigo sobre o repasse de unidade franqueada? Para aprender mais sobre o sistema de franchising e receber novidades diretamente em seu e-mail, assine nossa newsletter!

Reading Time: 4 minutes

Franquear uma marca costuma ser um ótimo negócio, uma vez que esse modelo permite que o franqueador expanda o seu empreendimento em uma velocidade muito mais rápida do que se dependesse apenas de seus próprios recursos.

Criar um modelo de franchising consistente pode proporcionar diversas vantagens e, para muitos empresários, essa pode ser a única possibilidade de ficar à frente do mercado, e garantir a estabilidade do negócio antes que outros investidores invadam o mesmo ramo que o seu.

Se você deseja conhecer mais sobre o assunto, acompanhe o post, pois vamos apresentar todos os detalhes sobre tornar-se um franqueador. Confira!

Como funciona um sistema de franchising?

Franchising consiste na permissão do direito de uso oferecido por uma empresa detentora de uma marca, um serviço ou um conceito, para que o formato de negócio, que já é bem-sucedido e reconhecido, seja replicado em outros locais.

As franquias têm como característica principal processos padronizados, assim, todas as lojas da mesma rede, em regra, devem contar com o mesmo padrão de qualidade que as demais.

Para franquear seu negócio, é preciso oferecer um contrato muito bem feito, que determina a relação entre franqueados e franqueadores, e em seguida, fornecer o auxílio que é necessário para conseguir implementar e administrar uma unidade franqueada, através de um manual de operações.

A transferência de conhecimento para o franqueado abrange todas as tarefas, desde as operacionais até as questões administrativas e contábeis.

Quais são os benefícios de abrir uma rede de franquias?

Abrir uma rede de franquias e tornar-se um franqueador proporciona diversas vantagens, como expandir sua marca investindo pouco e de maneira rápida. No entanto, os benefícios do franchising são muitos. Abaixo, citaremos alguns deles detalhadamente. Veja!

Facilidade e baixo custo

Franchising baseia-se na transferência de know-how para que a permissão de uso de marca se concretize. Assim, os franqueadores procuram investidores para tornarem-se franqueados, parceiros de expansão de suas redes.

Para isso, o franqueador busca investidores que desejem se tornar franqueados de sua marca, levando-a para cidades de interesse de expansão. Os franqueados serão responsáveis pela operação e gestão da unidade franqueada, podendo ser apenas sócio-investidores ou sócio-operadores, conforme as pré-determinações da franqueadora.

Para abrir novas unidades franqueadas, o investimento inicial em aluguel do imóvel, aquisição de equipamentos, reforma do imóvel e layoutização, abertura de empresa e capital de giro, bem como a taxa inicial de franquia, formam o investimento inicial exigido do franqueado, cabendo ao franqueador prestar o suporte necessário para que a unidade franqueada seja implantada.

Dessa maneira, o franqueador consegue expandir sua marca em parceria com investidores, sem que precise aportar capital em filiais, que exigem alto investimento da empresa detentora da marca.

Além disso, o franqueador pode, por meio do franchising, entrar em novos mercados nos quais ele dificilmente ingressaria se dependesse apenas de seus próprios recursos financeiros.

Ganhos em escala

As franquias têm ainda mais vantagens competitivas do que aqueles empreendem sozinhos, como os ganhos em escala.

Nas franquias, as compras são cooperadas, o que proporciona a diminuição dos valores dos insumos, serviços e produtos para todos que fazem parte da rede de franquias, uma vez que quando se realiza uma compra em grande escala, o poder de negociação torna-se maior, o que aumenta os lucros e a competitividade nos negócios.

Além disso, igualmente importante quando falamos de ganhos de escala são as ações de marketing realizadas pela rede, uma vez que os valores costumam ser rateados entre todos (há a criação de um fundo de propaganda) e, por isso, é possível realizar campanhas que abrangem todo o país.

Dessa maneira, as campanhas publicitárias que são o sonho de qualquer empreendedor tornam-se realidade para quem faz parte de uma rede de franquias.

Capilaridade

A capilaridade de mercado — abrangência que o negócio tem em seu ramo de atuação — é o sonho de todo franqueador, afinal, quem não deseja ver a sua marca em vários pontos do país?

A capilaridade é fundamental para o crescimento empresarial e a franquia auxilia nesse quesito, uma vez que a abertura de novas unidades permite que mais clientes sejam alcançados, o que possibilita uma abrangência maior no mercado.

Rapidez

Todos os empresários sabem que expandir os seus negócios abrindo unidades próprias leva bastante tempo. Assim, o franchising é uma ótima solução para esse problema.

Uma das benesses de se tornar franqueador é que sua marca poderá expandir-se com maior velocidade, conseguindo competir em maior condições com grandes players, porque contará com o aporte financeiro de investidores, bem como o trabalho atento de seus franqueados, que desejam o sucesso do negócio.

Interesse no sucesso

O franqueado não é um funcionário do franqueador, trata-se de um gestor com interesse na vitória, uma vez que os lucros também o beneficiam e são revertidos a seu favor.

Dessa maneira, os franqueados são tão interessados no sucesso da franquia quanto o franqueador, afinal, os dois são beneficiados com tal situação, além de serem corresponsáveis pelo êxito do negócio.

O franqueador e os franqueados devem trabalhar juntos, pois a parceria entre ambos é fundamental para o sucesso da franquia na totalidade.

Estabilidade jurídica

O franchising é regido pela Lei 8.955/94, que dispõe acerca do sistema de franquias no Brasil e guia a relação jurídica entre as partes. Apesar de tratar-se de uma legislação curta, com apenas 11 artigos, o texto de lei é bastante abrangente e dispõe sobre os principais pontos acerca do tema.

A referida Lei é capaz de proporcionar segurança jurídica para todos os envolvidos, uma vez que tanto o franqueador quanto os franqueados encontram respaldo nela.

Além disso, a legislação ainda dispõe acerca dos documentos que são responsáveis por resguardar a relação — como a Circular de Oferta de Franquias (COF) e o contrato de franquia.

Como vimos, abrir uma rede de franquias tem diversas vantagens, o franqueador se isenta de diversos encargos e ainda expande a sua marca, entretanto o processo deve ser muito bem feito, principalmente no que diz respeito aos aspectos legais, para que o franqueador não tenha ainda mais dificuldades do que ao expandir o negócio por conta própria.

Se você gostou das nossas dicas e quer ter acesso a mais orientações como as que conheceu neste post, curta a nossa página no Facebook e acompanhe as nossas atualizações!

Reading Time: 4 minutes

O sucesso de um empreendimento de franquias depende do bom relacionamento entre os franqueados e franqueadores. Trata-se de uma parceria essencial para o êxito do negócio. É por meio do esforço conjunto das partes que se torna possível alavancar os resultados e agregar valor à rede.

Isso significa que é necessário trabalhar em equipe, partilhar interesses e objetivos em comum e se ajudar mutuamente, de forma a otimizar as operações, evitar problemas e tornar o trabalho mais célere, organizado e eficiente.

Pensando nisso, este artigo esclarecerá qual é a importância de ter um bom relacionamento com o franqueado e apresentará algumas dicas de como isso deve ser feito. Acompanhe a leitura!

Quais são os motivos de investir em um vínculo saudável com o franqueado?

A maior proximidade entre o franqueador e o franqueado é uma estratégia que traz um diferencial e resultados para o negócio. Ela precisa ser colocada em prática desde o processo de seleção dos franqueados e deve permanecer durante todo o tempo em que a unidade franqueada exercer suas atividades.

Quando a franquia não tem um bom desempenho, independentemente do motivo, o franqueado precisa adotar medidas para rever essa situação crítica.

Nesse sentido, o franqueador deve investir em treinamento para a equipe franqueada, com cursos de capacitação, palestras, ensino de técnicas de vendas, melhor postura e maneira de lidar com os clientes e a avaliação constante de desempenho a fim de aprimorar os serviços realizados.

Os franqueadores que se comprometem a oferecer suporte operacional e fornecer produtos devem primar pelo cumprimento de todas as obrigações que permitam aos franqueados trabalharem adequadamente. O acompanhamento das unidades franqueadas pelo franqueador permite que o franqueado receba a transferência de know-how de forma constante e necessária para seu sucesso e opere de maneira mais confiante.

Como melhorar o relacionamento do franqueador com a rede de franquias?

Confira a seguir algumas estratégias preventivas que ajudam a aproximar a relação entre as duas partes que compõem o contrato de franquia.

Ofereça uma boa consultoria

Para o bom desempenho das unidades de franquia, é preciso providenciar um apoio eficiente para os franqueados. Esse cuidado envolve o controle e acompanhamento contínuo do negócio, além de trazer segurança para a rede de franqueados.

Afinal, ninguém melhor do que o próprio franqueador, que detém um negócio de sucesso bem estruturado, para transmitir o seu know-how. Assim, os demais empresários que querem utilizar a sua marca vão tornar a franquia mais competitiva e fazer com que ela cresça e se destaque no mercado.

A consultoria de campo deve ser encarada pelo franqueado como uma aliada em sua operação. A equipe do franqueador, que visita as lojas, está lá para esclarecer dúvidas, apoiar com ideias para o marketing local, verificar o comportamento da equipe e sugerir estratégias para a melhoria do negócio como um todo.

É a consultoria de campo que faz a interface entre a unidade franqueada e a franqueadora, podendo levar do franqueado para a marca ideias que aprimoram o negócio e que podem beneficiar toda a rede. É sabido, no franchising, que muitas boas ideias surgem na operação, já que o franqueado é quem lida diretamente com o público final.

Portanto, as impressões do franqueado sobre produtos e serviços devem ser sempre levadas em conta para o aprimoramento do negócio. O bom consultor de campo aproveita cada visita para trocar essas experiências.

Disponibilize bons treinamentos para os franqueados

A rede de franquias precisa desempenhar as suas operações seguindo um mesmo padrão. Desse modo, é essencial oferecer um treinamento inicial apropriado aos franqueados, com o objetivo de uniformizar as práticas na rede.

Essa capacitação serve para que o franqueado conheça melhor vários pontos, como a estrutura do negócio, os direitos e deveres inerentes às partes, os elementos operacionais desse negócio e todas as atividades envolvendo uma franquia. Isso significa fornecer todo o conhecimento necessário que possibilita que a rede franqueada seja capaz de reproduzir o modelo inicial da franqueadora.

O treinamento precisa ser feito de maneira contínua e permanente — e não apenas no estágio de formação inicial da empresa franqueada. Até porque é importante analisar a situação do mercado com frequência, definir novas estratégias, atualizar as técnicas de vendas, ampliar os serviços oferecidos e capacitar os franqueados com frequência.

Lembre-se de que o grande valor de uma marca está na forma como se dá a relação entre o lado franqueador e seus franqueados.

Ouça com atenção o que os franqueados têm a dizer

Ouvir o que os franqueados têm a dizer é imprescindível para garantir um bom relacionamento. Para isso, escute as necessidades, críticas, expectativas e sugestões que os seus parceiros de negócio estão transmitindo. Não se esqueça de que eles são o principal ponto de contato com o cliente final e são seus olhos e ouvidos nessa relação.

Esse é um cuidado que permite ter uma visão mais ampla de todo o negócio e ajuda a estreitar o vínculo entre as partes, além de passar mais confiança para o franqueado. Assim, colabora para fortalecer a imagem e agregar mais valor para a marca.

Tenha clareza e objetividade na comunicação

O ideal é manter uma comunicação clara e objetiva com a rede. Não faça rodeios e explique todos os procedimentos com o máximo de detalhes possível. Também esteja disponível para solucionar eventuais problemas assim que eles surgirem. Da mesma forma, mantenha-se acessível e reserve tempo para dialogar de maneira aberta com os seus parceiros em convenções, palestras e outros eventos.

Não se esqueça de prezar sempre pelo respeito, união e engajamento entre os funcionários que compõem o quadro de equipe. Quanto mais estimulados e motivados a dar o melhor de si, maiores serão as chances de obter ótimos resultados.

A criação de uma rede de franquias exige um bom relacionamento entre a parte franqueada e franqueadora durante todas as fases. Portanto, é importante fazer essa parceria com sabedoria. Não se trata de apenas um custo, mas de um investimento que apresenta retornos praticamente garantidos.

O relacionamento em uma rede de franquias implica a análise e orientações de questões jurídicas do negócio. Quer saber mais sobre esse assunto? Entre em contato com a Novoa Prado e conheça os detalhes sobre esse tipo de relação!

Reading Time: 4 minutes

O franqueado é aquele que está na ponta da operação da franquia: é ele quem lida diretamente com o cliente final, entendendo suas necessidades, vendendo e representando a marca no dia a dia.

Uma rede de franquias tem, portanto, inúmeras faces diferentes lidando com seus consumidores, mas todas elas trabalhando da mesma forma, sob regras e padrões pré-determinados pela franqueadora.

Se o franqueador é o responsável por levar inovação em produtos e serviços, atualizar a marca, posicioná-la diante da concorrência, promover treinamentos, oferecer suporte adequado e alinhar estratégias que visem ao futuro e perenidade da marca, seus franqueados são aqueles que colocam em prática toda essa dinâmica — e não podem, portanto, ficar fora das decisões estratégicas da rede.

Mas, como fazer para que tantas ideias diferentes e pensamentos distintos cheguem a um consenso e realmente ajudem na gestão da marca? As franqueadoras acharam uma maneira inteligente de organizar os franqueados e promover a participação deles: elas criaram o Conselho de Franqueados e, posteriormente, a Associação de Rede e os Comitês de Franqueados. Siga com a leitura e entenda a função dessas instituições.

O que é o conselho de franqueados?

Estamos falando de um órgão consultivo — e nunca deliberativo — composto por representantes dos franqueados eleitos pela própria rede. Sua existência não é imposta pela Lei de Franquias, a 8.955/94, mas é altamente recomendável para marcas que já tenham um número de unidades franqueadas que justifique essa representatividade.

O conselho facilita a comunicação entre a franqueadora e suas unidades franqueadas porque reúne representantes de todas as regiões nas quais a marca está presente, levando as particularidades de cada uma ao conhecimento de todos. Esse fato também é importante para que as ações que favorecem toda a rede sejam ponderadas e direcionadas para o bem comum.

Quais são as atribuições do conselho de franqueados?

Cada rede de franquia tem autonomia para estabelecer, em estatuto, a atuação do seu Conselho de franqueados. O ideal é que ele trate de questões macro, ou seja, comuns a toda a rede, abrangendo alguns tópicos, como parceiros comerciais, fornecedores, produtos, serviços e destinação do fundo de propaganda.

Se há um problema com o sistema de fornecedores homologados, por exemplo, os franqueados podem trazer esse assunto ao conhecimento do franqueador, responsável pela tomada de decisão, porque ele é capaz de promover os ajustes necessários. O Conselho também ajuda na aprovação de novos produtos e até na contratação de um novo fornecedor.

O conselho é útil na gestão de conflitos, porque participa de perto de ações estratégicas e pode aconselhar franqueados que não estão alinhados com a marca, bem como mostrar ao franqueador as dificuldades locais, de franqueados que precisam de mais suporte, por exemplo.

Como o conselho de franqueados atua sobre o fundo de propaganda?

O plano de expansão de uma franqueadora é estrategicamente desenvolvido com base na divulgação da marca. A Circular de Oferta de Franquia (COF) e o contrato assinado podem prever o pagamento mensal da taxa de publicidade ao franqueador, atribuindo a ele a responsabilidade pelo marketing — do qual todos os franqueados se beneficiam.

Os valores auferidos mensalmente com a contribuição percentual de cada unidade franqueada (geralmente calculada com base no faturamento bruto) não compõem a receita da franqueadora — eles ficam em uma conta-corrente especial, chamada de fundo de propaganda.

O conselho de franqueados participa das decisões do destino do fundo de propaganda, em benefício de toda a rede franqueada. As franqueadoras costumam ter seus departamentos de Marketing internos e agências de publicidade terceirizadas que, em conjunto, elaboram campanhas publicitárias e as apresentam ao conselho de franqueados, conforme as estratégias anuais da marca.

Cabe ao conselho decidir quais das ações serão financiadas com o fundo de propaganda, responsável também pelo pagando de prestadores de serviços de Comunicação e Marketing, na maioria das redes.

Já a publicidade local cabe ao franqueado, que a patrocina com valores de seu próprio faturamento, já previsto em seu orçamento mensal.

Quando um franqueado inicia seu processo de seleção, ele é informado sobre essa atividade — que tem apoio do departamento de Marketing da franqueadora — e de que será necessário investir um pequeno percentual de seu faturamento em ações de publicidade local, para maior contato com seus consumidores.

Como formar um conselho de franqueados?

Os conselhos de franqueados devem ser formados por representantes regionais, em número reduzido, a fim de otimizar o diálogo durante as reuniões. É importante instituir um estatuto, descrevendo as diretrizes e normas a serem seguidas pelos conselheiros.

Um membro da equipe jurídica da franqueadora pode acompanhar as reuniões do conselho, de maneira a registrar, em ata, todas as ações tomadas, bem como esclarecer as dúvidas jurídicas que surgem nas reuniões.

O advogado especializado em franchising é importante, junto ao conselho, porque atua como um mediador entre o franqueador e seus franqueados, levando ponderação ao grupo e permitindo a união das partes.

Também é necessário prever as finalidades do conselho, porque elas orientam quais assuntos podem entrar em pauta. Trate das condições de ingresso dos conselheiros: é possível condicionar a posse no cargo à adimplência das obrigações com o franqueador, ou seja, se a unidade franqueada estiver inadimplente, o conselheiro não poderá participar.

O estatuto também deve mencionar a renovação do conselho de franqueados, geralmente rotativa, a cada determinada quantidade de meses, quando metade dos membros é substituída. A alteração no quadro não costuma ser feita por completo, de uma só vez, para evitar que os recém-chegados fiquem sem amparo de quem já tem experiência no cargo.

Embora o franqueador tenha livre-arbítrio para implementar e organizar a instituição, recomenda-se veementemente o estabelecimento de um cronograma com as datas das reuniões que acontecerão durante o ano, eventos orientados por atas e registrados em pautas.

De que maneira o franqueador participa do conselho de franqueados?

O franqueador pode enviar às reuniões de conselho quantos membros da franqueadora forem necessários para a reunião, conforme a pauta do dia. Isso faz com que haja entrosamento entre a equipe da franqueadora e os membros do conselho, que ficam mais próximos e são capazes de entender, com mais profundidade, o papel de cada um.

Em termos de membro fixo, é importante que algum colaborador da franqueadora acompanhe todas as reuniões, bem como um advogado da empresa terceirizada sempre esteja presente, de maneira conciliatória e totalmente amistosa. O conselho de franqueados é bem-sucedido quando estabelecido em comum acordo entre o franqueador e sua rede franqueada.

Contar com uma assessoria jurídica especializada em franchising, que pode orientar na instituição de um conselho sério e com bom arcabouço jurídico pode ser o diferencial competitivo que a sua marca precisa.

Que tal entrar em contato com a Novoa Prado? Temos décadas de expertise e estratégia em varejo e negócios e somos altamente capacitados para atender à sua demanda. Fale conosco!

Reading Time: 2 minutes

Há poucos anos, as marcas mais valiosas do mercado eram a Coca-Cola, a Nescafé e outras ligadas ao consumo. Atualmente, elas foram substituídas pelas de tecnologia, como Facebook e Apple. O que mudou no mercado e como as empresas de tecnologia podem ajudar o Franchising?

Não creio que exista um ‘novo mercado’ para as franqueadoras, como tenho ouvido dizer. Empresas de vestuário continuam vendendo roupas, bem como as cadeias de ensino de idiomas ensinam inglês e espanhol. O que mudou é a forma como elas encontram seus clientes e atendem suas necessidades. Isso, sim, foi ampliado e merece ser revisto. Não é um novo mercado, mas como o mesmo mercado é trabalhado.

Quer um exemplo prático? As academias de ginástica continuam vendendo o espaço para que as pessoas pratiquem atividade física, certo? Porém, já existe uma modalidade na qual o usuário compra créditos, para serem utilizados na hora que o aluno desejar, da forma que ele quiser – e não às segundas, quartas e sextas-feiras, às 7h, porque ele não sabe se conseguirá visitar o estabelecimento nesses dias e horários. O mercado não mudou, mas a forma como o aluno foi conquistado e suas necessidades, contempladas.

As empresas de tecnologia trazem ao Franchising a possibilidade de trabalhar o ambiente digital para que elas obtenham dados, algoritmos, estudem o comportamento do consumidor e consigam atuar de maneira cada vez mais inovadora, prática, dinâmica, moderna. É a hora e a vez do digital entrar nas vendas, na gestão do tempo e do relacionamento com o cliente.

A tecnologia pode ajudar, mas não substitui o relacionamento

Falando em relacionamento, é importantíssimo que o franqueador fique atento, também, a essa questão. A tecnologia é fundamental para trabalharmos bem este momento, em que se faz necessário atender as necessidades do cliente, que procura no mundo virtual satisfazer suas necessidades de consumo. Porém, com a rede franqueada, não funciona assim. Nada substitui o contato pessoal, o olho no olho, a conversa na qual se sentem as emoções e se exprimem os sentimentos reais.

É necessário substituir o WhatsApp pelos encontros pessoais, é preciso, sim, investir tempo em pessoas e na satisfação de tê-las, eventualmente, em encontros pessoais. As reuniões do Conselho de Franqueados, as Convenções da Rede Franqueada, os Encontros Regionais, as Visitas às Unidades Franqueadas, tudo isso faz a rede crescer forte e sustentável e não pode ser substituído pela frieza do mundo virtual.

No livro “21 Lições para o Século 21”, Yuval Noah Harari diz que “pessoas precisam de ferramentas para se conectar com suas próprias experiências” – e não de ferramentas para conectar suas experiências com os outras, como o Facebook faz. Para ele, “as pessoas vivem vidas cada vez mais solitárias, num mundo cada vez mais conectado”. Levando isso em conta, a tecnologia, sem dúvida, é uma grande aliada da performance e dos indicadores. Mas, não substitui a cumplicidade, a união, a satisfação e o comprometimento do mundo real, a essência do Franchising, que é a união das pessoas em busca do crescimento mútuo. Pense nisso.

Reading Time: 3 minutes

A dúvida de todo empreendedor é como fazer seu negócio crescer de maneira estruturada, mantendo a qualidade de seus serviços ou produtos ao mesmo tempo em que mantém uma boa margem de lucro.

Se você está vivendo esse momento, já pensou em franquear o seu negócio e garantir uma expansão segura e escalonada, cedendo a outros empreendedores o direito de uso da sua marca, junto ao seu conhecimento do mercado, produto ou serviço?

Para ajudar a conhecer mais essa realidade, escrevemos este post com os pontos principais que devem ser levados em consideração na hora de decidir se investir em uma rede franqueada é ou não uma opção. Confira!

O que é o franchising?

O franchising é um modelo de negócio em que o franqueador cede o direito de uso de sua marca, os direitos de distribuição exclusiva de produtos ou serviços e os direitos de utilização de um sistema de operação e gestão de seu negócio para um terceiro, o franqueado, com o interesse de ambos terem sucesso e lucro.

No Brasil, o modelo de franquias é regido pela Lei nº 8955/94, que determina informações básicas que devem estar contidas no contrato.

Quais são as vantagens de franquear um negócio?

Para quem está procurando maneiras de como fazer o seu negócio crescer, investir em franquias aparece como uma ótima opção.

Nesse modelo, é possível expandir o empreendimento, fortalecer a sua marca e aumentar a presença no mercado, ao mesmo tempo em que a responsabilidade da gestão é compartilhada com o franqueado e ganha-se capilaridade a cada nova unidade implementada.

Como funciona o contrato de franchising?

O contrato de franchising é regido pela Lei nº 8.955/94, que estipula a relação entre as partes. Por um lado, o franqueador cede o uso da imagem, a marca, a solidez, o know-how e a estrutura gerencial, organizacional e publicitária e, por outro lado, o franqueado é responsável pela realização de investimentos próprios e o pagamento de taxas, como a inicial e os royalties, além de se responsabilizar pela manutenção do modelo de negócios contratado, seguindo a padronização da marca.

O contrato firmado é um contrato padrão, ou seja, as cláusulas sobre prazos, valores, formas de pagamento, foro e exclusividade de atuação no mesmo segmento são previamente elaboradas pelo franqueador, para toda a rede, podendo ser adequadas conforme as peculiaridades daquela unidade franqueada.

O contrato de franquias prevê cláusulas como licença de uso da marca, taxas pagas, fornecimento de produtos e serviços. transferência de know-how e territorialidade, entre outras. Mas, cada segmento, cada negócio e cada marca têm necessidades específicas e o contrato deve ser personalizado, abrangendo cada uma delas. Por isso, é impossível que uma marca copie ou adapte o contrato de outra para sua operação, ainda que ambas estejam no mesmo segmento, sejam concorrentes ou muito parecidas.

O que é a Circular de Oferta de Franquia?

A Circular de Oferta de Franquia (COF) é um documento exigido por lei, que explicita detalhes da operação que o franqueado adquirirá. É por este documento que ele entende como a marca se expande, como é a operação, todas as suas atividades, investimentos, renovação do contrato, territorialidade, enfim, essa etapa anterior ao contrato é extremamente importante no processo de seleção do franqueado.

No caso de qualquer litígio judicial, a COF deve ser utilizada como instrumento legal. A Lei nº 8.955/94 determina que tal documento deve ser entregue, pelo menos, dez dias antes da assinatura do contrato, para que o investidor a submeta a um advogado de sua confiança e analise cada um de seus capítulos.

Há, ainda, outros aspectos importantes relativos à COF que devem estar presentes no documento, por isso, a presença de um corpo jurídico experiente no assunto é indispensável para a realização de um bom franqueamento do seu negócio.

Qual a importância da assessoria jurídica no processo de expansão?

Você já percebeu que franquear pode ser uma excelente forma para expandir o seu negócio. Mas, agora, fica a pergunta: qual a maneira mais segura para realizar todos os procedimentos?

Como dissemos, a Lei de Franquias delimita regras específicas que devem ser cumpridas entre franqueado e franqueador e que diferem bastante dos contratos gerais.

Para não ter problemas futuros, o primeiro passo é ter ao seu lado uma assessoria jurídica confiável e com experiência em Franquias. Somente um corpo de profissionais devidamente capacitado será capaz de acompanhar todos os trâmites e compreender os riscos jurídicos envolvidos na negociação.

Logo, se você está pensando em como fazer seu negócio crescer, não deixe de avaliar todas as opções e estar cercado de bons profissionais para a tomada de decisões mais acertadas.

E se você quiser saber mais sobre o assunto, leia o nosso post sobre por que o seu departamento de expansão precisa entender profundamente da Lei de Franquias.

Reading Time: 4 minutes

Sabemos que, em qualquer negócio, pode haver desencontros entre as partes e, no caso das franquias, não é diferente. Por isso, é muito importante ter uma equipe para realizar a gestão de conflitos de maneira eficiente.

O caminho mais inteligente para reduzir os problemas é trabalhando na prevenção de conflitos, e isso se dá por meio da elaboração de instrumentos completos que protejam todos os envolvidos. No entanto, quando não é possível prevenir, há outras maneiras para realizar a gestão de conflitos que trazem baixo impacto, tanto para o franqueado quanto para o franqueador. Confira, em nosso texto, mais informações sobre o assunto.

O que é a gestão de conflitos?

Ao contrário do que muitos podem pensar, a boa gestão de conflitos não é aquela que atua quando a crise já está instalada, mas, sim, a que evita os problemas sem a necessidade de judicialização.

Isso porque a ação judicial pode até resolver a demanda e sacramentar quem está certo ou errado, porém, não necessariamente resolve o conflito, além de exigir investimento financeiro e causar desgaste emocional e psicológico entre todos os envolvidos. Sejamos sinceros: ninguém quer enfrentar uma batalha judicial quando é possível evitá-la, certo?

Por isso que, quando falamos do sistema de franchising, temos em mente que o gestor precisa contar com o espírito negocial e consensual para evitar as diversas demandas que aparecerão em seu caminho. Portanto, é necessário ter habilidade em comunicação não violenta, inteligência emocional e capacidade de ser flexível, colocando-se no lugar do outro e praticando a empatia sempre.

Logo, é disso que se trata a gestão de conflitos, ou seja, de uma estratégia capaz de desenhar soluções personalizadas a fim de encontrar soluções para problemas de alta complexidade, evitando os atritos e trabalhando pela manutenção do relacionamento entre franqueado e franqueador.

Quais são as causas de desentendimento entre franqueado e franqueador?

Para haver uma relação duradoura, é necessário que franqueador e franqueado tenham uma visão única do negócio, com objetivos comuns e um propósito para a marca. Quando existe um desacordo, neste sentido, os conflitos aparecem e precisam ser resolvidos, para que não se acumulem e a comunicação entre as partes fique prejudicada.

Um ponto em que há consenso entre os profissionais que atuam com gestão de conflitos dentro das franquias é que é mais fácil manter a harmonia na rede quando há rentabilidade das unidades franqueadas, porque a inadimplência é um dos principais pontos de desentendimento entre franqueadores e franqueados, afinal, quando não existe lucro, dificilmente um negócio prospera.

Para que o franqueado vá bem em sua operação, muitos passos anteriores devem ter sido seguidos, como uma seleção bem-feita, a escolha de um bom ponto para a loja ou a prestadora de serviços, a contratação de uma equipe alinhada e a realização de um atendimento de excelência para os clientes — obedecendo ao padrão exigido pelo franqueador —, um bom relacionamento com os fornecedores e suporte para o franqueado, de acordo com as características da operação.

Tendo todas essas etapas cumpridas, dificilmente, existirão motivos para a inadimplência, seja com o pagamento dos royalties ou do fundo de propaganda, logo, as partes dificilmente apresentarão conflitos.

Além do baixo faturamento e da inadimplência, há outros motivos que levam aos conflitos entre as partes:

  • reclamação do franqueado por não ter suporte do franqueador;
  • ausência de cumprimento dos padrões exigidos pelo franqueador;
  • quebra de cláusulas contratuais;
  • comercialização de produtos ou serviços fora daqueles que são oferecidos pelo franqueador;
  • funcionários descompromissados com a unidade;
  • comportamento inadequado do franqueado, como o abandono da unidade franqueada.

Como colocar em prática a gestão de conflitos?

É importante ter em mente que a melhor maneira de atuar na gestão de conflitos é prevenindo-os, desde o começo desta relação de franquia. E, para isso, nenhuma das partes pode ser levada pela empolgação no momento da assinatura do contrato.

A entrevista com o franqueado deve ser bastante clara e todas as questões precisam ser abertamente discutidas, ou seja, a equipe da franqueadora deve estar capacitada para realizar a seleção e evitar um franqueado fora do perfil desejado. É necessário entender que o caminho do diálogo é sempre o mais promissor, e a construção de uma relação amigável e respeitosa entre as partes será um bom caminho para realizar a gestão de conflitos de maneira mais próspera.

No entanto, também não podemos negligenciar a importância de contar com instrumentos contratuais elaborados com excelência. Isso significa a presença de instrumentos jurídicos eficientes, ou seja, a Circular de Oferta de Franquia (COF), o pré-contrato e o contrato devem contar com cláusulas bem redigidas e com direitos e deveres delimitados para que não haja confusão no futuro.

Melitha Novoa Prado, advogada com quase 30 anos de experiência no franchising, propõe as seguintes atitudes para manter a relação entre franqueado e franqueador produtiva:

  • identificar a causa, a cultura e os valores da empresa;
  • valorizar os processos, assim como os resultados são valorizados, logo, não deixando passar características, como criatividade, habilidade e talento;
  • ter uma postura empreendedora, ou seja, não ficar apenas na teoria e fazer o negócio acontecer;
  • estar atento a novas oportunidades e deixar o caminho sempre aberto para ganhar mais espaço e relevância;
  • estimular a colaboração entre os envolvidos no negócio, desde sócios a funcionários;
  • proporcionar um impacto positivo para a sociedade;
  • fazer uso do capital intelectual da sua rede de franquias;
  • trabalhar em rede, praticando a escuta ativa com seus franqueados e dividindo com eles as frustrações, as conquistas e os desafios;
  • criar um bom relacionamento com os franqueados e buscar o sucesso da marca de maneira integrada, promovendo conexões por meio de diversão, trabalho cooperado e busca pela construção de um mundo melhor;
  • estimular a proatividade;
  • ter em mente sempre determinados valores, como respeito, confiança, transparência e integridade para pautar a relação com os franqueados.

As dicas acima são para prevenir a criação de conflitos, porém, relacionamentos, tanto pessoais quanto profissionais, estão sempre sujeitos a desentendimentos. Se isso acontecer em sua rede, a melhor ação é tratá-los com respeito desde o início na intenção de resolvê-los.

Se o franqueado entender que a comunicação interna é um bom canal para a solução de conflitos, ele certamente procurará a equipe do franqueador desde o início e não deixará os problemas se acumularem. Portanto, ouça os pontos, tente entender qual a causa e procure uma maneira em conjunto para resolvê-los e, dessa forma, preservar a relação e dar continuidade ao negócio.

Se a situação estiver um pouco mais complicada, não deixe de fazer uso da Mediação, que é uma excelente maneira de solucionar conflitos por se tratar de uma conversa intermediada por uma pessoa neutra, a fim de favorecer e melhorar a comunicação entre os conflitantes.

E, por fim, não deixe de contar com uma assessoria especializada em franchising e que tenha a sua atuação pautada pela gestão de conflitos, disposta a evitar as demandas e não a propô-las.

Você já teve algum problema em seu negócio por não saber como resolver o conflito? Compartilhe conosco nos comentários.

Reading Time: 4 minutes

O processo de seleção para encontrar o franqueado ideal, que cumprirá com todos os objetivos do franqueador, é essencial para o sucesso da venda de franquias.

A franqueadora deve se preocupar mais com a qualidade de sua rede franqueada do que com a velocidade com a qual ela cresce, porque crescer com consistência e bases sólidas é a forma mais eficiente de construir-se uma marca perene no mercado. Portanto, com a escolha do franqueado adequado, dificilmente, ambos enfrentarão grandes problemas, além das oscilações normais do mercado.

Para ajudar nessa questão, escrevemos este post com 6 estratégias essenciais para acertar no processo de seleção. Acompanhe!

1. Defina a missão e os valores da marca

Para encontrar o parceiro adequado e aumentar a venda de franquias, o primeiro passo que deve ser cumprido pelo franqueador é a definição da missão, dos objetivos e dos valores da franqueadora.

Tendo esses quesitos bem delimitados, a tarefa de seleção de franqueados já estará um passo adiante de se tornar um sucesso, pois a rede saberá exatamente que tipo de profissional está procurando.

Além disso, os próprios franqueados, ao lerem a proposta da rede, já conseguirão identificar se aquela franquia está de acordo com o seu perfil e se é condizente ou não com os seus objetivos.

2. Avalie questões comportamentais do candidato

Muitas franqueadoras cometem o erro de se aterem apenas aos requisitos objetivos, como a capacidade financeira ou se o candidato a franqueado é capaz ou não de trabalhar em equipe, e deixam de lado aspectos subjetivos importantes, que devem ser avaliados para a realização de uma seleção mais acertada.

Embora, obviamente, a questão financeira seja importante no processo, a consultoria jurídica Novoa Prado, especializada em franchising há mais de 30 anos, afirma que as franqueadoras precisam incorporar, em seus processos, ferramentas de assesment, como as que são amplamente utilizadas em grandes corporações no momento de contratação de seus colaboradores.

O assesment é importante na hora de avaliar comportamentos e competências dos profissionais e traz benefícios para ambos os lados, uma vez que é capaz de despertar, no franqueado, o autoconhecimento, fazendo com que identifique suas principais habilidades e os seus pontos fracos.

Com o uso de tais ferramentas, tanto a franqueadora quanto o franqueado são capazes de avaliar, com segurança, se há sinergia entre o propósito deles para aquele determinado negócio, e as chances de o processo de seleção ser finalizado com sucesso aumentam consideravelmente.

3. Tenha instrumentos contratuais bem redigidos

Contar com uma assessoria jurídica especializada em franchising faz toda a diferença no processo de seleção do franqueado. Isso porque instrumentos contratuais, como a Circular de Oferta de Franquia (COF), o pré-contrato e o contrato, previstos na Lei nº 8.955/94 para a formalização do negócio entre as partes, devem estar bem redigidos, com cláusulas claras e a ausência de práticas abusivas.

A COF por exemplo, é a primeira maneira de analisar as vantagens de se aderir a determinada rede ou não, por isso, deve estar instruída com informações relevantes, como o histórico resumido da franqueadora, a apresentação da sua formação societária, os balanços e as demonstrações financeiras dos últimos dois exercícios, o perfil do franqueado ideal, os valores de investimento inicial, a taxa de franquia, o custo de instalações, os equipamentos e o estoque, além das condições de pagamento, entre outros pontos que serão considerados pela assessoria jurídica responsável pela rede.

Quando ocorre a assinatura do pré-contrato, a prática mais comum é de que o futuro franqueado já pague a taxa de franquia e inicie os treinamentos. Embora o documento sinalize um “sim” à rede franqueadora, deve prever uma possibilidade de rompimento da relação, com a consequente rescisão do instrumento.

E, por fim, existe o contrato, que deve estabelecer os parâmetros da relação entre as partes. É nesse instrumento que as responsabilidades, os direitos e os deveres devem ficar delimitados, como informações a respeito do uso da marca, do território de atuação do franqueado, do prazo do contrato, da renovação, entre outros assuntos.

4. Conte com uma equipe de vendas bem treinada

Sua equipe de venda de franquias precisa ser treinada conforme os documentos que regem seu sistema de franquias. É preciso que se faça um treinamento com todos os membros, do Diretor de Expansão aos colaboradores do departamento, passando pelo Gerente de Expansão, sobre todos os pontos da Circular de Oferta de Franquia, Contrato e Pré-Contrato.

Apenas com essa capacitação, que deve ser refeita a cada atualização dos documentos e para cada novo profissional que entrar no departamento, eles poderão realmente vender a franquia de acordo com o que a marca oferece, sem fazer promessas que não serão cumpridas ou, até mesmo, oferecer aquém de tudo o que a marca tem de potencial.

O melhor parceiro para realizar esse treinamento é a equipe jurídica, que elabora os documentos, já que pode esclarecer as dúvidas e aproveitar para falar sobre o a importância do bom relacionamento entre as partes, desde o começo da relação franqueador/franqueado. A Novoa Prado Advogados realiza treinamentos para seus clientes, com toda a equipe de Expansão, garantindo essa transparência na seleção do franqueado.

5. Busque por franqueados qualificados

Um grande erro de expansão que franqueadoras podem cometer é aceitar qualquer franqueado, sem adotar critérios mínimos. Lembre-se de que a franquia é um negócio e, como tal, necessita de conhecimentos em administração, gestão de pessoas, comunicação, entre outros.

Portanto, redes de sucesso estão cada vez mais em busca de franqueados qualificados, que demonstram ter o conhecimento necessário para administrar uma franquia e estão interessados em manter-se atualizados.

Como dito, não basta apenas ter o dinheiro para o investimento inicial, mas é necessário também analisar o perfil do interessado como um todo.

6. Invista em estratégias de comunicação

Por fim, mas não menos importante, o franqueador deve investir em boas estratégias de comunicação com o foco na captação de interessados. Para isso, tenha em mente a quantidade de pessoas que a rede deseja atrair e, dessa maneira, trabalhe como essa informação será repassada.

A qualidade na venda de franquias é melhor do que a quantidade, por isso, a estratégia de comunicação deverá seguir essa mesma premissa, portanto, tenha bem definido o seu público-alvo e a forma como você fará para atingi-lo.

Tudo é uma questão de planejamento e de contar com profissionais sérios e habilitados para cuidar do assunto.

Quem tem a pretensão de ser uma rede franqueadora de sucesso e aumentar a venda de franquias deve cuidar de todo o processo com bastante cuidado e não deixar de lado a importância de uma boa estruturação jurídica. Sabemos que, por melhor que seja o processo de seleção, imprevistos podem acontecer e, se o negócio não tiver sido pautado por bons instrumentos contratuais, os problemas serão maiores.

Para acompanhar os nossos posts e conhecer ainda mais sobre o mundo do franchising, siga as nossas páginas nas redes sociais (LinkedIn e Facebook).

Reading Time: 4 minutes

Se você é um franqueador, com certeza, já conhece como funcionam as feiras de franquias, em que cada marca apresenta seu conceito, seu histórico no mercado e as vantagens que o investidor terá ao fechar esse contrato.

Estar presente nas feiras com estandes visualmente bonitos e atrativos já é um grande passo para chamar a atenção dos franqueados, mas, para atrair os melhores leads, é preciso muito mais, como ter um pessoal treinado para o atendimento, um material interessante com informações relevantes e histórias de sucesso, além de fazer uma divulgação anterior.

Neste texto, falaremos mais sobre essas e outras dicas, como não assinar contratos durante a feira, analisar cuidadosamente o perfil dos interessados que se aproximam, criar uma sequência de possíveis perguntas para captar mais e melhores leads nas feiras de franquia etc. Continue a leitura e fique por dentro!

1. Escolha a feira de franquia certa

Há uma série de feiras de franquia pelo Brasil e pelo mundo, então, pesquise melhor para entender em quais delas estarão os investidores mais adequados para o seu tipo de negócio. Começar entendendo o perfil do visitante é fundamental para saber se o investimento vale a pena.

Por exemplo, esse investidor vem de que região do país? Busca produtos que atendam a clientes das classes A, B ou C? Está voltado para mulheres ou homens? Tem expectativa de atender a um mercado de qual faixa etária? A partir daí, você pode selecionar as feiras para as quais direcionará os seus esforços.

2. Lembre-se de fazer um estande atrativo

É muito importante ter um estande atrativo e confortável, afinal, a primeira impressão que o investidor terá é sobre a sua exposição, logo, vale a pena caprichar e apresentar um espaço interessante.

Porém, não adianta apenas gastar uma fortuna para que ele fique bonito, é necessário que o estande comunique, antes de tudo, o conceito da marca e a sua história, além de sua visão e missão.

3. Treine o pessoal do atendimento

Pessoas bem treinadas fazem toda a diferença para o seu negócio, inclusive quando tratamos dos estandes para atrair leads em feiras de franquias. O ideal é que quem recebe o investidor conheça tudo sobre a marca, o seu histórico e o perfil do investidor desejado.

Também é importante que as pessoas conheçam muito bem os deveres e os direitos de franqueadores e franqueados, a Circular de Oferta de Franquia (COF) e o Contrato de Franquia. Os diretores de sua empresa e o pessoal da expansão devem conhecer esses documentos a fundo, para poderem conversar com os potenciais franqueados adequadamente sobre o negócio. Não há nada pior do que pessoal despreparado, diante de investidores cada vez mais bem informados.

4. Capriche no folheto informativo

O folheto deve ser pensado especialmente para as feiras de franquias, conter as informações relevantes sobre o seu negócio e ser bem formatado para atrair a atenção dos investidores. Não confunda, porém, porque, aqui, estamos falando de pequenos folhetos informativos, não de brindes.

Além disso, fique atento, pois não é hora de distribuir a Circular de Oferta de Franquia, mas, sim, um material que fale das intenções da expansão e do perfil do franqueador, que apresente números e que diga como a marca pretende sobressair no mercado.

5. Pense em brindes, mas sem exageros

Fazer com que os visitantes reconheçam a sua marca após o evento pode ajudá-lo a fechar negócio posteriormente, por isso, muitas franqueadoras apostam na entrega de brindes, o que pode ser realmente interessante. Mas, nada de exageros! Afinal, é uma feira de negócios, e o ideal é atrair pessoas interessadas em fazer parte da sua franchising, e não aquelas que só passam de estande em estande atrás de brindes.

Isso causa uma falsa impressão de sucesso e, ainda por cima, pode acabar por afastar os investidores que podiam realmente fechar negócio, pois eles podem achar o local muito cheio e evitar a aproximação por medo de não serem atendidos. Mantenha, então, o foco e a seriedade.

6. Invista em divulgação

Para que os possíveis investidores saibam que você está expondo em uma feira de franquias, invista em uma divulgação prévia, tanto online quanto offline. Mande o material para seu mailing, convidando os leads para visitarem o seu estande, faça um post nas redes sociais, divulgue por meio de assessoria de imprensa etc.

7. Tenha clareza sobre o perfil do seu franqueado

Faça um estudo preliminar com todas as informações relevantes sobre o perfil do seu franqueado e estude bastante esse material antes da feira. Repasse também para as demais pessoas que estarão disponíveis no estande.

O ideal é manter o foco naqueles investidores cujas características fazem parte desse perfil, para cadastrar apenas pessoas que realmente estão dentro dos padrões desejados pela marca. Afinal, é preciso ter qualidade e não apenas quantidade.

8. Resista à tentação de assinar contratos na feira

Em meio à animação das feiras, muitos franqueadores acabam se precipitando e assinando contratos sem que o candidato passe por todo o processo de seleção. É bom fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre os negócios do investidor e dar tempo para que as consultorias jurídicas de ambos os lados analisem o COF e o contrato com mais calma.

As feiras de franquias são uma ótima opção para se mostrar melhor para o mercado e acessar novos interessados para se tornarem franqueados, mesmo assim não deixe de tomar todos os cuidados necessários no momento de fechar o negócio.

Gostou do conteúdo sobre captação de leads em feiras de franquias? Então, confira nosso outro post e veja também como as novas tecnologias estão revolucionando o sistema de franchising.