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O sistema de franquias, no Brasil, iniciou-se na década de 1980, tendo seu boom na década de 90. Assim, há redes com mais de 40 anos operando e muitos franqueados aposentando-se. É natural, portanto, que a sucessão ocorra.
Fora isso, é preciso que as marcas também pensem que os negócios de sucesso precisem de um planejamento sucessório para os casos de falecimento e de desistência do negócio, porque os profissionais também têm o direito de seguir outras carreiras, mudar de cidade e de país, enfim, a vida pode mudar e as franquias precisam ter opções para manterem as unidades franqueadas operando plenamente.
O planejamento sucessório é importante, em franchising, porque estamos diante de uma multiplicidade de negócios, interesses e famílias, e o franqueador precisa ter em mente o que será feito para evitar problemas com a continuidade dos negócios.
Quer entender mais sobre a sucessão nas franquias? Acompanhe este artigo!
Saiba como funciona a sucessão nas relações de franquias
O planejamento sucessório em franquias pretende identificar qual é o destino da unidade franqueada a partir da aposentadoria ou do falecimento de um franqueado. Não estamos falando do planejamento da partilha antecipada de bens, mas, sim, de pensar em como funcionará a continuidade do trabalho.
O sistema de franchising tem uma questão muito diferente das demais empresas, que é a seleção do franqueado. O franqueador faz uma análise das características especiais daquele empresário antes de propor a parceria. Por isso, manter os herdeiros operando a unidade franqueada nem sempre será a melhor escolha.
Caso o franqueado deseje formar um sucessor, isso é possível, mas será necessário respeitar o mesmo processo formativo e as exigências que ele próprio cumpriu para ser aceito pela marca. Por isso, o sucessor deverá ser alguém que reúna as características especiais desejadas pelo franqueador.
Caso o franqueado escolha alguém, não há necessidade de que seja um herdeiro legal. Deve ser alguém de sua confiança, que tenha o preparo necessário e afinidade e interesse com o negócio da marca. Só assim, será possível evitar o rompimento do contrato de franquia.
Veja como criar um planejamento sucessório
A aposentadoria e o falecimento do empresário que toca a unidade franqueada são fatos da vida. O que acontece o tempo todo não é um imprevisto. Assim, a formatação da franquia deve levar em conta essas ocorrências.
A melhor forma de criar o planejamento sucessório para as franquias é fazendo com que as normas de sucessão constem no contrato. Assim, as partes saberão exatamente o que acontecerá.
Além de incluir as condições e ocorrências como questão contratual, é importante que o franqueador não se esqueça de seu papel formador da cultura empresarial na rede. Os franqueados devem ser treinados e orientados sobre o fluxo natural de sucessão no negócio, como fazer em cada caso e como planejar o destino da empresa de acordo com as normas da franquia.
Prepare-se para os desafios que podem ser encontrados
Não se pode enfatizar o suficiente a importância de que o franqueador conte com uma consultoria especializada para atendê-lo em todos os momentos do negócio. Isso porque, por mais que se planeje, escreva-se em contrato e busque-se esclarecer as partes, ainda assim, surgirão situações em que será necessário agir com mais proatividade.
O falecimento repentino de um franqueado costuma ser o maior problema. Não há sucessor preparado, a empresa precisa continuar operando para ter valor, e os herdeiros não sabem o que fazer. Nesse cenário, cabe ao franqueador apoiar os herdeiros, aplicar as normas contratuais específicas para o caso e criar uma solução para o impasse.
Quando os herdeiros não têm vocação empresarial e nem a formação desejada pela marca, o ideal é promover o repasse da unidade. O franqueador aprova um adquirente que tenha as características desejadas para ingressar na rede, e o estabelecimento é vendido, com o pagamento do resultado da venda feito aos herdeiros.
Para que o planejamento sucessório em franquias aconteça de forma mais simples, é essencial que as regras sejam criadas no momento da formatação do negócio. Além das previsões contratuais, é fundamental a criação de uma cultura organizacional em que os franqueados tenham consciência do que é preciso para se adquirir a condição de franqueado, planejando a transição de acordo com essas características especiais.
Precisa de auxílio para a organização empresarial em franchising? Entre em contato conosco e conheça nosso atendimento especializado em franquias!
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