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Pensar na sucessão planejada do franqueado é imprescindível para que as franqueadoras tenham a certeza de que a unidade franqueada continuará operando plenamente, mesmo sem a presença de seu principal gestor. Até as redes mais jovens precisam ter um plano sucessório, afinal, os franqueados desejam aposentar-se, podem querer mudar de vida ou, infelizmente, falecem.
Pensando em cada uma das possibilidades que levam à sucessão, as redes mais antigas – algumas datam do fim dos anos 80 – realmente passam pelo momento em que seus franqueados querem curtir a aposentadoria. Nem sempre há herdeiros operadores para o negócio e, neste caso, o que há de ser feito?
A venda da unidade franqueada ou a gestão por gerentes deve ser considerada – mas, como as questões emocionais envolvidas são muitas, o planejamento sucessório estruturado deve ser realizado com todo o cuidado, preferencialmente focado tanto nas questões legais da transferência quanto na preservação do relacionamento entre o franqueador e esse franqueado, que tanto fez pela marca.
Quando existem herdeiros naturais preparados para assumir a franquia, eles devem passar pelo processo de treinamento e um contrato de franquia deve ser estabelecido, de maneira a se construir um relacionamento com este novo franqueado.
No caso de haver a sucessão por falecimento do franqueado, a situação pode ser mais complicada, porque a morte não avisa quando chega e a substituição precisa ser feita às pressas. Neste caso, o franqueador pode enviar uma equipe sua para comandar a unidade franqueada, até que se decida sobre quem sucederá o franqueado antigo ou se a unidade será repassada. É um momento em que a família não pode ser pressionada e é necessário haver muita empatia por parte da equipe franqueadora, já que o faturamento da unidade tenderá a cair, a equipe poderá render menos e a própria família poderá desanimar do negócio.
Em relação à mudança de vida, alguns franqueados desejam continuar com a franquia, mas, querem deixar de ser operadores. Assim, pode ser instituída a figura de um sócio-operador ou um sucessor, um herdeiro que comande a unidade. Nesse caso, o novo profissional deve ter seu perfil avaliado e aprovado pela franqueadora, dentro dos critérios exigidos a qualquer novo franqueado. Se ele não for aprovado – ainda que seja o filho, sobrinho, esposo (a) do franqueado (a) – , é preciso que se encontre outro sucessor, pelo bem do sucesso do negócio. Aceitar a única opção para agradar o franqueado é a pior atitude que a franqueadora pode ter, já que
Nenhuma dessas questões é simples de ser solucionada. Há casos em que os franqueados mais idosos, por exemplo, têm dificuldade de se desligar da franquia, não transferindo ao sucessor a liderança. Isso causa sérios problemas de gestão, já que os próprios colaboradores não sabem a quem seguir e situações desconfortáveis podem surgir.
Há, ainda, o fato de que, mesmo sem sucessores ou sem condições de continuar operando, alguns franqueados não aceitam a venda da unidade franqueada – e o franqueador não tem coragem de romper o contrato com esse parceiro de tantos anos, ainda que isso signifique o insucesso do negócio. O processo é delicado e pode envolver equipes especializadas, que encontram a melhor solução, que contenta a todos. O importante é não deixar o assunto engavetado, porque a sucessão é uma realidade das franqueadoras, principalmente as de sucesso.
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